A baqueta e a voz de Wilson das Neves se calaram na noite deste sábado (26). O instrumentista, cantor e compositor faleceu aos 81 anos, em decorrência de um câncer, em um hospital na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Por Pablo Pires
Para o escritor Lira Neto, que está lançando o primeiro de três volumes de Uma História do Samba, “esse discurso do politicamente correto, de tentar higienizar e limpar o samba é muito antigo, mas agora é reforçado pelas redes sociais”.
Os 70 anos da escola ajudam a elucidar a formação do gênero musical, da cultura nacional e do Brasil.
Por Pedro Alexandre Sanches, da Carta Capital
Por muito tempo, as mulheres não tiveram vez no samba. Não que não estivessem lá, mas as rodas de samba, as composições, o palco e o sucesso eram territórios dominados por homens. A importância delas era minimizada.
“Pode-se afirmar que o atual carnaval de Fortaleza, vindo de suas raízes e de características nossas é o do Pré-Carnaval, em que não existem normas, regulamentos, horários, em que as pessoas podem se divertir realmente, o que o desfile oficial não permite”.
Por *Nirez
Cantora e compositora com 23 álbuns gravados, primeira mulher a participar da ala de compositores da Estação Primeira de Mangueira. Ativista da igualdade racial, foi conselheira da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial entre 2004 e 2008, no governo Lula, e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Comentarista de carnaval da Rede Globo no período entre 1984 e 2010 e deputada estadual pelo PCdoB, Leci Brandão não quer polêmica com a Globo, nem com ruralistas.
Nesta semana, após a escola de samba carioca Imperatriz Leopoldinense divulgar o enredo que desfilará este ano pela Marquês de Sapucaí, uma série de críticas foram divulgadas na imprensa. O tema “Xingu, o Clamor que Vem da Floresta” causou polêmica entre grandes produtores e criadores do agronegócio por exaltar na letra de seu samba a luta indígena e criticar o “belo monstro” que “rouba as terras, devora as matas e seca os rios”.
"…desde Pelo telefone (e até mesmo antes dele, claro!), o samba continua, resistindo, sobrevivendo e se adaptando", afirmou Adélcio Camilo Machado, professor de história social da música da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A entrevista foi concedidaao jornalista José Carlos Ruy, editorialista do Portal Vermelho. No ano em que Pelo Telefone marca o centenário do samba, Adélcio revisita as muitas feições do gênero.
Se você vem do Brasil e algum estrangeiro desavisado lhe perguntar qual é o gênero musical mais autêntico do país, a sua resposta, rápida e precisa, com toda a certeza será “o samba” (por sinal, é capaz que o próprio forasteiro já saiba disso). Mas por que o samba parece nos representar assim tão bem? Façamos o exercício inverso.
Conversando em novembro Pelo Telefone com o pesquisador de música popular brasileira José Roberto Zan eu me lembrei da composição A Força do Samba, de Luiz Grande. À certa altura do samba, o autor diz: “…Vem onda, sai onda e o samba está sempre aí. Firme e forte com força para resistir”. O bate-papo com Zan tratou exatamente da parte que “o samba está sempre aí”, se transformando ao longo do século XX.
Por Railídia Carvalho
O editor do Portal Vermelho, Inácio Carvalho me sugeriu escolher dez sambas representativos do centenário do gênero. Foram muitos os critérios e o mais forte deles foram sambas que estão no meu repertório. Além do jornalismo, vivo há 17 anos cantando em rodas de samba com absoluta entrega aos ritos e ao encantamento que o samba e a roda podem produzir.
Por Railídia Carvalho
O editor do Portal Vermelho, Inácio Carvalho me sugeriu escolher dez sambas representativos do centenário do gênero. Foram muitos os critérios e o mais forte deles foram sambas que estão no meu repertório. Além do jornalismo, vivo há 17 anos cantando em rodas de samba com absoluta entrega aos ritos e ao encantamento que o samba e a roda podem produzir.
Por Railídia Carvalho