O governo sugeriu, em reunião nesta terça-feira (24) com os servidores públicos federais em greve, que a categoria dê uma trégua de 15 dias na paralisação da categoria para apresentação de uma proposta que garante o pagamento dos 12 dias de ponto cortados em junho.
Depois de cinco dias acampados na Esplanada dos Ministérios, servidores públicos federais encerraram a série manifestações em Brasília nesta sexta-feira (20), com milhares de servidores retornando para seus estados de origem. Uma plenária conjunta do movimento reuniu cerca de 5 mil participantes, por volta das 11h30. Entre as resoluções tiradas estão a intensificação do movimento grevista e atrair setores que ainda não paralisaram atividades.
A orientação dos dirigentes sindicais dos servidores federais é para a continuidade da greve em todo país. Do lado do governo, as reuniões agendadas com o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, foram canceladas, por que ele foi chamado ao Palácio do Planalto para uma conversa sobre os servidores.
O Ministério do Planejamento declarou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está fazendo “todos os esforços possíveis para atender a reivindicação dos servidores públicos federais, em greve há cerca de um mês. Nesta quarta-feira (18), quando foram intensificadas as manifestações da categoria, cinco reuniões com representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), aconteceram no prédio do Planejamento.
Uma marcha vitoriosa. Assim classificam, os servidores públicos federais, a passeata realizada na manhã desta quarta-feira (18), em Brasília (DF). Com diversos setores do funcionalismo público, além de estudantes e até metalúrgicos presentes em solidariedade à luta da categoria, em greve unificada há um mês. Além da marcha, que reuniu cerca de 10 mil pessoas, um grande acampamento montado na Esplanada dos Ministérios concentra cinco mil servidores.
Os 3 mil servidores acampados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), se concentrarão a partir das 9h, em frente à Catedral de Brasília, para iniciar uma grande marcha nesta quarta-feira (18), quando a greve da categoria completará um mês, seguindo a data de adesão dos trabalhadores no Serviço Público Federal, organizados na Confederação (Condsef). Sindicatos e federações estimam que mais de 6 mil servidores participarão da atividade.
Em um momento em que pipocam greves no país, não basta paralisar as atividades. Para chamar a atenção, os servidores públicos da saúde, educação, entre outras categorias em greve do funcionalismo público, decidiram seguir os passos de alguns movimentos, como o estudantil, e montar acampamento na Esplanada dos Ministérios. Desde ontem (16), centenas de servidores têm se concentrado no local. O número já supera estimativas iniciais.
Sindicalistas que representam servidores públicos federais, em greve, admitem que a ameaça feita pelo governo federal, de cortar o ponto de quem aderiu à paralisação, gerou apreensão entre os trabalhadores. Porém, dizem acreditar que a medida não irá se efetivar, por simples impossibilidade prática. Dirigentes são unânimes em criticar a decisão de cortar o ponto, expedida na sexta-feira (6), pelo Ministério do Planejamento a todos os gestores de recursos humanos do governo federal.
Após ser recebida nesta sexta-feira (6) com um protesto de servidores públicos por reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho, na entrada do Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, zona sul da cidade do Rio, a presidenta da República, Dilma Rousseff, disse que a manifestação faz parte do processo democrático.
A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão do juiz federal Francisco Neves, da 22ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, de suspender a divulgação na internet dos rendimentos dos servidores federais dos Três Poderes. O pedido para suspender a divulgação foi feito pela Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) e acatado nesta quarta-feira (4) pelo juiz.
Servidores públicos federais, em greve há 17 dias, fizeram nesta quarta-feira (4) uma manifestação em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília, com objetivo de pressionar a pasta a negociar as reivindicações da categoria. O protesto também marcou o Dia Nacional de Lutas, evento comandado pela Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Condsef). Greve na Justiça Eleitoral pode prejudicar registro de candidaturas, que está com prazo quase encerrado.
A greve dos servidores públicos federais continua e não há prazo para terminar. Nesta terça-feira (3), a paralisação chegou ao 16º dia e atinge 22 estados e o Distrito Federal, em 26 setores. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento e Gestão (Mpog), o processo de negociação está em andamento e a expectativa é que em 31 de julho o ministério tenha propostas concretas para apresentar às categorias.