A agressão financiada por governos do Ocidente e da região contra a Síria é hoje um exemplo de violação do Direito Internacional e da soberania das nações, denunciou o presidente da Assembleia do Povo (Parlamento), Muhamad Yihad al-Laham.
O ministro de Informação Omran Al-Zoubi afirmou nesta terça-feria (14) que a Síria recusará qualquer ação, esforço político, diálogo ou reunião que afete, direta ou indiretamente, a soberania nacional.
A terrível guerra civil na Síria empurrou as duas maiores potências nucleares para uma rota de colisão, em que disputavam uma pequena nação do Levante, sem qualquer importância estratégica para Washington. Esse quadro não é admissível.
Por Eric Margolis, no Information Clearing House
As explosões a bomba registradas neste sábado (11) na Turquia deixaram mais de 40 mortos e centenas de feridos, na cidade de Reyhanly. O governo turco, incialmente, confessou ter apenas hipóteses sobre a responsabilidade pela violência, mencionando a questão curda e o conflito na Síria, onde atuam grupos armados que contam com o apoio, entre outros, da própria Turquia, numa política desestabilizadora. O Conselho Mundial da Paz publicou uma declaração sobre o assunto no domingo (12).
O conflito armado na Síria e as tensões na fronteira turco-síria são o centro das conversações entre o presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, nesta terça-feira (14), em Moscou, com os recentes ataques de Israel à Síria como pano de fundo. A Rússia tem sido uma das vozes mais contundentes na defesa da soberania síria e de uma solução política dialogada nacionalmente para a crise no país.
O primeiro-ministro sírio, Wael al-Halaki, afirmou nesta segunda-feira (13) que o povo aposta na concretização de um diálogo político e na luta contra o terrorismo, a fim de devolver a segurança ao país e iniciar o processo de reconstrução. Ao mesmo tempo conclamou todos os partidos políticos e organizações nacionais a promover a cultura do diálogo entre os cidadãos e incentivar o combate à violência e a ideología extremista.
As últimas vendas de armas dos EUA a Israel, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (cerca de 10 bilhões de dólares) foram abordadas por alguns meios como um ponto de virada nas políticas de exportação de Washington para o Oriente Médio. Entretanto, uma análise dos pacotes feita pelo portal Al-Monitor revela que eles não representam tanto uma mudança da política estadunidense para a região quanto um resultado de políticas tradicionais do imperialismo.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
A República Islâmica do Irã apoia a recente proposta da Rússia e dos EUA para a realização de uma conferência internacional sobre a crise na Síria, de acordo com o chanceler iraniano Ali Akbar Salehi, em entrevista à revista alemã Spiegel, publicada nesta segunda-feira (13). O ministro retomou a relevância do Comunicado de Genebra, documento aprovado em 2012 pelo Conselho de Segurança da ONU que segue a mesma linha da proposta.
Para o ministro sírio da Informação, Omran al-Zoabi, seu país é hoje vítima de uma agressão internacional e necessita do apoio de países amigos para pôr fim a essa guerra. Mas, de todas as maneiras, assegurou que o povo e o Exército lutarão até a última gota de sangue.
Ao menos vinte pessoas morreram nas explosões de dois carros-bomba neste sábado (11) no centro de Reyhanli, sul da Turquia, junto à fronteira com a Síria. A informação dos atentados foi dada à Reuters e à AFP pelo ministro do Interior Muammer Güler, quando se sabia apenas que quatro pessoas tinham morrido 18 tinham ficado feridas. O balanço aumentou depois para 20 mortes.
Cinco foguetes foram disparados neste sábado (11) contra o Líbano, desde o território da Síria, de acordo com um correspondente da emissora libanesa Al-Manar. Os foguetes atingiram áreas abertas da região nortenha de Hermel. Não foram registradas vítimas fatais. A emissora informou que não ser a primeira vez que os membros das milícias atuantes na Síria atacam as fronteiras libanesas, numa tentativa de desestabilizar a região.
Em entrevista realizada pela emissora de televisão libanesa Al-ManarTV, o presidente da Síria, Bashar Al-Assad reafirmou o papel que seu país tem na configuração atual do Oriente Médio, sublinhando também a atitude de Israel, que atacou recentemente a Síria, enfatizando que a agressão faz parte dos planos do imperialismo dirigido pelos Estados Unidos para fazer a Síria retrucar a provocação e cair em uma armadilha.