De "tergiversação e tentativa de fazer passar o que eles querem como verdade", qualificou nesta sexta-feira o chanceler Serguei Lavrov a informação de que a Rússia e os Estados Unidos supostamente fizeram um acordo sobre o destino do presidente constitucional da Síria, Bashar Al Assad.
A libertação da cidade de Palmira representa simbolicamente um momento importante para o renascimento de um país posto em joelhos por cinco anos de guerra.
Por Maurizio Musolino, para o Resistência
O Departamento de Defesa dos EUA considera que a Rússia exerce um papel contrutivo na resolução do conflito sírio e na luta contra o grupo Estado Islâmico (Daesh, em árabe). A informação é do porta-voz do Pentágono, Peter Cook.
Após a conquista de Palmira por militantes do Estado Islâmico em 2015, os habitantes deixaram as suas casas em pânico, temendo violência e assassinatos bárbaros. Alguns moradores tiveram sorte – suas casas permaneceram intactas e a guerra não tocou nelas. Mas outros tiveram menos sorte porque terão de reconstruir as suas habitações em ruínas.
As Forças Armadas sírias conseguiram nesta segunda-feira (28) o controle total da cidade de Palmira ou Tadmur, a 245 quilômetros ao norte de Damasco, ao eliminar os últimos redutos do Estado Islâmico (EI).
A base aérea de Hmeymim e o posto de abastecimento de Tartus permanecem em funcionamento, a sua segurança está sendo garantida, declarou o porta-voz do presidente Dmitry Peskov comentando as mensagens na mídia sobre o suposto reposicionamento de material bélico russo na Síria.
As autoridades sírias confirmaram a morte de 14 pessoas por atentados terroristas nas últimas 24 horas em localidades sírias das províncias de Idleb e Alepo.
O embaixador da Síria na Rússia, Riad Haddad, disse nesta quinta-feira (17) que as autoridades do seu país nunca utilizaram armas químicas, garantindo que acusações como essa fazem parte de uma grande guerra de informação contra o governo de Bashar al-Assad.
Usando câmeras escondidas, duas corajosas mulheres sírias aparentemente conseguiram filmar a vida cotidiana no coração do movimento terrorista Estado Islâmico – a cidade síria de Raqqa, proclamada capital do califado.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que o Ministério da Defesa do país inicie a retirada dos militares russos da Síria a partir desta terça-feira (15).
O Exército sírio conseguiu destruir quatro posições de fogo do Estado Islâmico, grande armazém e o centro de comando no noroeste da cidade de Palmira, disse a fonte na sede do exército na sexta-feira (11).
Seria bom se o acordo de cessar-fogo na Síria, assinado no dia 22 de fevereiro pela Rússia e EUA, e que já teve o aval do governo sírio e do Conselho de Segurança da ONU, representasse o fim da mortífera guerra que há mais de quatro anos destrói aquele país laico do Oriente Médio. Mas essas esperanças não assentam sobre bases sólidas.
Por Jorge Cadima, no Jornal Avante