Com a frase de Maximiano Campos, poeta e pai do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o ministro da defesa, Aldo Rebelo, afirma que o Brasil está preparado para receber as Olímpiadas em 2016. Aldo Rebelo afirma: “Medo não protege ninguém. A prevenção contra terroristas existe e temos integração entre todas as áreas de inteligência. Já fazemos isso há tempos para eventos como o Rio+20, a visita do Papa e a Copa 2015”.
O presidente chinês, Xi Jinping, se encontrou nesta segunda-feira (30 de novembro) em Paris com o seu homólogo russo, Vladímir Putin. Os dois líderes trocaram opiniões sobre questões regionais e internacionais de interesse comum.
Professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Nasser critica a resposta militar aos atentados em Paris. Segundo ele, grupos como o Estado Islâmico deveriam ser combatidos pela via econômica – cortando verbas e armas. Ao Vermelho, ele denuncia certa “cumplicidade” entre os que praticam terrorismo e aqueles que afirmam combatê-lo. Para Nasser, por trás do discurso da reação ao terror, há a tentativa de justificar intervenções em outros países e fomentar uma pujante economia de guerra.
Já aprovada e piorada no Senado, a chamada lei antiterrorismo deve ser votada na Câmara Federal na próxima (nesta) semana. Ela representa uma grave ameaça aos movimentos sociais, podendo servir como instrumento legal para criminalizar as lutas dos trabalhadores. O projeto foi concebido pelo governo Dilma, a partir dos ministérios da Justiça e da Fazenda, sob o argumento de que era uma exigência de agências internacionais.
Por Altamiro Borges*
Por que proibiram as manifestações durante a Conferência do Clima de Paris?
Quem são aqueles cuja segurança é protegida a qualquer custo e sem importar os meios necessários? E quem são aqueles cuja segurança sempre é sacrificada, apesar de existirem meios para atuar muito melhor? São estas perguntas que estão no centro da crise climática, e as respostas são a razão pela qual as cúpulas sobre a crise climática acabam quase sempre entre lágrimas e recriminações.
Por Naomi Klein*, na Carta Maior
“Para a paz pública é necessária a construção de uma coesão entre a estrutura do Estado e a sociedade em torno de um projeto comum que é a soberania do país e o desenvolvimento social”. Com esta frase, a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) encerrou o seminário internacional organizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que discutiu o preparo de uma legislação para o enfrentamento do terrorismo no Brasil.
O projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo, já aprovado no senado, tranca a pauta de votações da Câmara e pode ser votado esta semana pelos deputados. Entre outras mudanças, os senadores retiraram do texto o dispositivo que excluía do conceito de crime de terrorismo a conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional.
Há poucos dias, 18 de novembro para ser mais preciso, o presidente da República Árabe da Síria, Bashar al-Assad, concedeu uma entrevista à TV estatal italiana RAI, acrônimo de “Radio Audizioni Itália”. Entrevistar longamente, como fez a RAI, um dos personagens centrais de uma grave crise humanitária que afeta dramaticamente milhões de pessoas no Oriente Médio e na Europa, sem qualquer censura às perguntas, algumas, aliás, beirando a provocação, é sem dúvida, um relevante fato jornalístico.
O Projeto de Lei (PL) 2016/15, que tipifica o crime de terrorismo, está na pauta do Plenário da Câmara e deve ser apreciado nesta semana.
Desde a segunda-feira 16, o presidente da França, François Hollande, vem tentando construir uma resposta aos atentados de 13 de novembro em Paris, classificados por ele como um "ato de guerra" do Estado Islâmico. Seu discurso equivale a uma cópia mal-feita do neoconservadorismo norte-americano liderado por George W. Bush e consiste, basicamente, em tratar o problema do terrorismo como uma questão securitária e militar, um conflito armado.
O antigo responsável da contra-espionagem argentina e que estava desaparecido, Antonio Stiuso, conseguiu sair do Brasil com um falso passaporte italiano para se refugiar nos Estados Unidos, em 19 de fevereiro de 2015, anunciou o governo argentino. A Interpol não comentou esta notícia.
Semanas após os atentados na França, Flávio Aguiar analisa o cenário político na França e no mundo. Para o analista, “extrema direita capitaliza sentimento contra imigrantes na França”.