Governos reacionários têm como uma de suas características a tentativa de mudar a história, apagar as torturas, brutalidades e desumanidades cometidas contra o povo. Como não podem mudar o presente (para melhor, porque sempre pode piorar), tentam mudar o passado, recontando a história sob o ponto de vista dos algozes, negando, minimizando ou justificando as atrocidades que a história não consegue apagar.
Por Pedro Gorki*
Como lidar com o desaparecimento? Como se luta pela memória de alguém que simplesmente desapareceu após desafiar o regime militar e o Estado finge não saber do seu paradeiro? A tarde desta sexta-feira (2) na cidade do Recife foi marcada por uma homenagem a um desaparecido. Fernando Santa Cruz, militante político, sequestrado pelas forças repressoras da ditadura militar em 1974.
Por Rodrigo Barradas
Em 29 de junho de 1969, há exatamente 50 anos, o regime militar (1964-1985) nascia a Operação Bandeirante (Oban), o maior centro de tortura e assassinatos do regime. O evento de lançamento da Oban, liderado pelo comandante do 2° Exército, general José Canavarro Pereira, contou com a presença do governador de São Paulo, Abreu Sodré, e dos comandantes locais da Marinha e da Aeronáutica. Mas foram os empresários que sujaram as mãos de sangue ao se envolverem diretamente com a operação.
Intitulado "Tortura em Tempos de Encarceramento em Massa", um relatório produzido e divulgado neste fim de semana pela Pastoral Carcerária denuncia a omissão do Judiciário em termos de investigação, punição e reparação sobre ocorrências de tortura no sistema carcerário.
Sindicalista do setor bancário e militante político, Aluízio Ferreira foi morto em 1971 no DOI-Codi paulista.
Conhecida como a Casa da Morte, o imóvel em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, onde pelo menos 20 pessoas foram assassinadas pela ditadura civil-militar (1964-1985), está próximo de ser oficialmente tombado como um espaço de preservação da memória e da verdade.
O jornal Le Monde, um dos mais influentes jornais da França, publicou editorial nesta segunda-feira (29) onde faz duras críticas à eleição de Bolsonaro: “um presidente racista, sexista, homofóbico e defensor da tortura”. Para o jornal francês, “a campanha eleitoral de 2018, longe de revigorar uma democracia doente, acentuou seus males
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), nesta terça-feira (23), deu início ao julgamento a um recurso do Ministério Público Federal (MPF) pedindo que a Justiça aceite a sua denúncia contra três agentes públicos pela morte de Carlos Nicolau Danielli, dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em 1972. No entanto, o julgamento foi interrompido pelo pedido de vista do desembargador Nino Toldo, que não tem prazo para ser retomado.
Às vésperas da eleição, a historiadora Dulce Pandolfi avalia que o país vive um momento dramático, sem paralelos. Para ela, a possibilidade de Jair Bolsonaro ser eleito presidente é, de certa maneira, algo mais grave que o golpe de 1964, do qual ela própria foi vítima. Na sua avaliação, o candidato do PSL levará o país à barbárie, com um projeto fascista e entreguista, legitimado pelas urnas. Para barrar esse desenlace, a mídia precisa “quebrar as asas do monstro que ela mesma criou”, defende.
“Não se trata apenas de não eleger esse inimigo dos direitos humanos, mas de eleger um combativo elenco de representantes da luta do nosso povo, entranhados nos movimentos sociais. Portanto, ocupemos as ruas, as redes sociais e as urnas com bandeiras vermelhas contra o ódio e a violência”.
Por Alexandre Lucas*
Governo francês reconheceu pela primeira vez nesta quinta-feira (13) que agentes do exército francês torturaram militantes do movimento independentista durante a Guerra da Argélia, entre 1954 e 1962
O livro ‘Rosas Vermelhas – Mulheres, Luta Armada, Tortura, Desaparecimento, Exílio Forçado’, do sociólogo Renato Dias, será lançado nesta segunda (11), às 18h, na Assembleia Legislativa de Goiás.