Depois de mais de uma hora lendo relatórios em voz alta e debatendo as atrocidades cometidas pela ditadura (1964-85) contra o estudante Alexandre Vannucchi Leme, o grupo liderado pelo presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, se levanta de uma só vez. A plateia imita o gesto. Chegou um dos momentos mais esperados pelos familiares do jovem assassinado pelo regime militar em 1973.
A ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse nesta sexta-feira (15), em São Paulo que pessoas envolvidas em situação de morte, tortura e desaparecimento forçado no período da ditadura militar não devem ocupar funções públicas. Ela fez a afirmação ao responder a uma pergunta sobre as denúncias de que o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, teria contribuído para a morte do jornalista Vladimir Herzog.
Júlio Miguel Molina Dias foi morto com 15 tiros, em Porto Alegre; classificado como assalto, o crime tem marcas de execução e ocorreu no momento em que a Comissão da Verdade começa a desvendar fatos importantes do período ditatorial; Molina foi o chefe do Doi Codi na época do atentado armado pelos militares no Dia do Trabalhador, no Rio de Janeiro
A Justiça Federal em São Paulo aceitou outra denúncia contra o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o Departamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) de São Paulo no começo dos anos 1970, conforme informações obtidas com exclusividade pela TV Brasil.
Em audiência pública, realizada nesta segunda-feira (22), em Belo Horizonte, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, um dos sete integrantes da Comissão Nacional da Verdade, disse que a comissão vai ouvir o depoimento de empresários para apurar da participação de empresas no financiamento de órgãos de repressão durante o regime militar.
Movimentos sociais, liderados pela Frente de Esculacho Popular, fizeram neste sábado (20), na região da Avenida Paulista, no centro da cidade de São Paulo, uma manifestação para expor publicamente um ex-militar reformado acusado de ter comandado sessões de tortura e homicídios durante a ditadura militar.
O Ministério Público Federal denunciou à Justiça Federal em São Paulo, nesta quarta-feira (17), o coronel da reserva Carlos Brilhante Ustra pelo crime de sequestro qualificado. Ele é acusado de sequestrar o corretor de valores Edgar de Aquino Duarte, em junho de 1971.
O argentino Cláudio Vallejos, acusado de tortura, homicídio, sequestro qualificado e desaparecimento forçado de pessoas durante a ditadura militar da Argentina (1976-1983), será extraditado para o seu país. A decisão foi tomada nesta terça-feira (18), por unanimidade, pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que deferiu parcialmente o pedido do governo da Argentina para extraditar Vallejos.
Na semana passada, ao ler no site da Folha a notícia “Justiça determina abertura de ação penal contra militares por crimes na ditadura”, atravessou o meu espírito uma reprovação. Já no primeiro parágrafo se anunciava:
Por Urariano Mota
A Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo aprovou a convocação do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi, principal órgão de repressão da ditadura militar (1964-85).
28 de Agosto é o Dia da Anistia Brasileira. A semana de 28 de agosto a 3 de setembro será destinada a palestras, eventos e celebrações que rememorem essa importante data de nosso calendário cívico
Por João Baptista Herkenhoff
Com o apoio de dezenas de entidades, entre as quais a ABI, o Grupo Tortura Nunca Mais, o CREA e o Clube de Engenharia, o Sindicato dos Economistas, foi lançada nestes dias, na Ordem dos Advogados do Brasil-RJ (OAB-RJ), campanha em favor do tombamento dos Centros de Tortura e apresentado o projeto Marcas da Memória.
Por Mário Augusto Jakobskind*