Perda da diversidade genética das sementes torna as plantas mais suscetíveis a insetos e doenças – e, por sua vez, requer o uso de defensivos
Professor da Unicamp afirma que a maioria dos fabricantes do setor vai falir porque a tecnologia é cara, tem vida curta e já nasce ultrapassada. "A lei da natureza é mais forte".
Vamos falar sobre cerveja. Vamos falar sobre o Brasil, que é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, com 86,7 bilhões de litros vendidos ao ano e que transformou um simples ato de consumo num ritual presente nos corações e mentes de quem quer deixar os problemas de lado ou, simplesmente, socializar.
Por Flavio Siqueira Júnior e Ana Paula Bortoletto*
Trata-se de um caso histórico de dominação, via tecnologia, de um setor estratégico na vida das populações mundo afora – o das sementes. O assunto voltou à tona no Brasil, com a iniciativa do deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS), cuja profissão original é comerciante, de alterar a Lei de Biossegurança, de 2005, que proibiu o uso de tecnologias genéticas de restrição, GURT, na sigla em inglês.
Por Najar Tubino, na Carta Maior
O médico argentino e membro da Rede Popular de Médicos da Argentina, Javier Balbea, esteve no Brasil para participar do seminário “A realidade dos agrotóxicos e transgênicos no Brasil e seus impactos sobre a saúde humana e ambiente”, que ocorreu durante Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O médico argentino e membro da Rede Popular de Médicos da Argentina, Javier Balbea, esteve no Brasil para participar do seminário “A realidade dos agrotóxicos e transgênicos no Brasil e seus impactos sobre a saúde humana e ambiente”, que ocorreu durante Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na manhã da última sexta-feira (2), cerca de 1.500 camponeses ocuparam a sede da empresa DuPont Pioneer, no município de Catalão (GO), em protesto contra a venda de sementes geneticamente modificadas para a agricultura.
Formado por donas de casa, funcionários públicos, empregados do setor privado, jovens e adultos, o movimento Assembleia das Malvinas Argentinas – cidade da província de Córdoba – completa neste mês mais de 730 dias combatendo a Monsanto, a maior corporação agrícola mundial. “Chamam de progresso, mas os lucros são privados e nos territórios ficam a doença e a devastação”, diz um dos moradores.
Nos últimos meses, muito se ouviu falar em transgênicos. Conhecidos também pela sigla OGM (organismos geneticamente modificados), esses produtos estão no centro de debates e questionamentos sobre seus riscos e o processo de liberação de sua comercialização no país.
Por Cássia Bittar, no site OAB/RJ
Quando percebeu que as embalagens de amido de milho trazem um T preto dentro de um triângulo amarelo – símbolo dos transgênicos usados no Brasil –, a professora de tecelagem Célia Regina de Macedo, 63 anos, da capital paulista, não pensou duas vezes. Substituiu o produto por polvilho, derivado da mandioca, em muitas receitas, como de sequilhos.
A empresa norte-americana Dow Agroscience anunciou nesta segunda-feira (30) a inauguração de um centro de pesquisas biotecnológicas em Cravinhos, no interior paulista. Com os novos laboratórios, numa área de 4 mil metros quadrados, a empresa pretende incrementar estudos para encurtar em dois anos o tempo para o desenvolvimento de novas sementes transgênicas.
A aprovação, na Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 4.148/2008, que propõe mudanças nos rótulos de embalagens de alimentos transgênicos, gerou reações de entidades da sociedade civil, segundo as quais a proposta tira da população o direito de escolha de consumir ou não produtos cuja matéria-prima foi geneticamente modificada.