O inquérito que identificou o cartel acusado de fraudar licitações de trens e metrôs em São Paulo durante sucessivos governos tucanos fez aniversário. Um ano depois de concluídas pela Polícia Federal, as investigações continuam na gaveta do Ministério Público.
"Transparente como a água suja do fundo do Cantareira", assim definiu o jornalista Fernando Brito, no blog Tijolaço, sobre a decisão do governador Geraldo Alckmin de tornar ultrassecretos centenas de documentos a respeito do transporte público de São Paulo, que incluem Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e linhas de ônibus intermunicipais da EMTU.
O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo denunciou nesta quinta-feira (5) à Justiça Federal o diretor-presidente do Fundo de Pensão dos funcionários do Metrô de São Paulo, Fábio Mazzeo, e o diretor-financeiro Valter Renato Gregori pelo envolvimento em um esquema fraudulento que desviou R$ 137 milhões do Metrus – Instituto de Seguridade Social da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô. O Metrus administra fundos de pensão, aposentadoria e a assistência à saúde e outros benefícios.
As investigações sobre o trensalão tucano em São Paulo apontam que o esquema de propinas também funcionava em outros estados. A constatação é do superintendente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Eduardo Frade Rodrigues.
Reportagem que mostra a ligação de delator da Lava Jato, Augusto Ribeiro Mendonça, com o esquema do trensalão tucano em São Paulo foi publicada no blog de Fausto Macedo, sem receber nenhuma menção na edição impressa do jornal O Estado de S.Paulo.
A CPI do HSBC aprovou, na terça-feira (30), a quebra de sigilo bancário de dois investigados no trensalão, o esquema de propinas montado nos governo tucanos desde Mário Covas junto aos trens em São Paulo. Serão alvo de investigação os ex-diretores do Metrô Paulo Celso Mano Moreira e Ademir Venâncio de Araújo.
A Justiça de São Paulo abriu uma ação contra seis executivos das empresas Alstom, Tejofran, MPE e Temoinsa sob acusação de formação de cartel e fraude em licitações para a reforma de 51 trens da Linhas 1 Azul e 47 trens da Linha 3 Vermelha do Metrô nos anos de 2008 e 2009, durante a gestão José Serra (PSDB) no governo de São Paulo.
O PT avalia se pedirá ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que retire da promotoria de São Paulo as investigações sobre o cartel do metrô, que envolve governos do PSDB no Estado, e as passe para o Ministério Público Federal. A informação é da coluna Painel deste domingo 7.
Parlamentares petistas da Assembleia Legislativa de São Paulo pediram esclarecimentos ao procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, sobre o andamento das investigações do Ministério Público Estadual relativas ao trensalão tucanos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os deputados também pedem informações sobre as investigações da Operação Lava Jato para apurar a conexão com o doleiro Alberto Youssef.
O Ministério Público de São Paulo denunciou seis executivos por envolvimento no cartel de trens do estado, conhecido como trensalão. Os denunciados fazem parte de quatro empresas e são acusados de fraude de R$ 1,75 bilhão para reforma das linhas 1 e 3 do metrô paulista, além da modernização de 98 trens entre 2008 e 2009, período de governo de José Serra (PSDB).
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu à Justiça a prisão preventiva de César Ponce de Leon, executivo da Alstom, acusado dos crimes de fraude a licitação e formação de cartel, em contratos firmados com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou à Justiça um funcionário da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e 11 executivos de empresas do setor ferroviário por formação de cartel em contratos de fornecimento de trens e materiais ferroviários em 2007 e 2008, durante o governo do tucano José Serra.