O irresponsável aventureirismo dos EUA na Ucrânia deu um novo passo no sentido da escalada de confrontação com a Rússia, ao insistir no envio de militares para treinar o exército ucraniano.
Por M K Bhadrakumar*
Pouco mais de um ano depois da grande explosão dita democrática em Kiev, dirigida por bandos neonazistas, motivada alegadamente pela necessidade de travar e expulsar os oligarcas que tinham tomado conta da Ucrânia, o país mudou.
Por José Goulão no Blog Mundo Cão
A junta golpista ucraniana e as forças repressivas às suas ordens não conhecem freio na ofensiva antidemocrática em curso no país. Um dos alvos principais é o Partido Comunista da Ucrânia (PCU).
Cerca de 15 militantes da organização extremista Setor de Direita e ativistas do Automaidan atacaram nesta sexta-feira (24) um grupo de mineiros que fazia greve no centro de Kiev.
A mobilização e concentração de material bélico pelos militares ucranianos mostra que Kiev escolheu solução militar do conflito como variante principal, disse Denis Puchilin, o representante da autoproclamada República Popular de Donetsk nas negociações em Minsk.
Cerca de 300 paraquedistas norte-americanos encontram-se já na Ucrânia em missão de instrução de 900 membros da Guarda Nacional, força paramilitar criada para acolher as milícias nazifascistas que funcionaram como tropa de choque no golpe de Estado de fevereiro de 2014.
Vive-se tempos perigosos no mundo e a Europa não é exceção. Atente-se na Grécia e na política e engrenagem da troika que prossegue com zelo felino a asfixia econômica e financeira do país, social e economicamente destroçado, preparando o terreno para um eventual cenário de ditadura direta do capital financeiro. Mas é na Ucrânia que o recuo antidemocrático adquire hoje níveis e proporções ainda mais dramáticos.
O premiê ucraniano, Arseni Iatseniuk, declarou na segunda-feira (20) que o orçamento da Ucrânia perdeu quase US$ 3 bilhões devido aos confrontos em Donbass. Ele explicou as perdas pelo fato de os impostos na zona do conflito não terem sido "recolhidos".
A guerra que devasta atualmente a Ucrânia internacionaliza-se. As clivagens que aparecem nos Balcãs não são novas. Já existiam durante o desmembramento da Iugoslávia e, anteriormente, durante a Segunda Guerra mundial. Para Miroslav Lazanski*, jornalista e analista político sérvio, é uma velha divisão que se repete
Os treinamentos militares conjuntos ucraniano-americanos Fearless Guardian – 2015 começam nesta segunda-feira (20) na região de Lvov, na Ucrânia, disse o serviço de imprensa do Ministério da Defesa da Ucrânia.
O parlamento ucraniano aprovou uma lei que proíbe e ideologia comunista e a propaganda dos seus símbolos. O Partido Comunista da Ucrânia (PCU) exige que o presidente do país vete a legislação.
O conflito no leste ucraniano acumula no último ano ao menos 6.116 mortos e 15.474 feridos, informou, nesta sexta-feira (17), o Escritório do Alto Comissionado da ONU para os Direitos Humanos.