A Ucrânia está bloqueando todas as tentativas de se prestar socorro aos habitantes da região leste, afetada pela investida do exército local. Observadores internacionais naquela parte do país analisam que está ocorrendo uma verdadeira catástrofe humanitária, que vem crescendo exponencialmente a cada dia.
A Rússia parece não se preocupar com as tentativas de intimidação por parte de países ocidentais. “Nenhuma sanção contra a Rússia põe medo e as tentativas de pressão através da força sobre o país não passarão”, declarou o primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev, durante o Fórum juvenil Mashuk 2014, em resposta às medidas que estão sendo adotadas por EUA e União Europeia.
A Rússia está negociando com a Ucrânia, e também com organizações humanitárias internacionais do sistema das Nações Unidas e da Cruz Vermelha, sobre o envio de ajuda humanitária para as regiões de Lugansk e Donetsk.
Por Tatiana Tabunova, na Voz da Rússia
Desencadear o mal no mundo. Esta é a conseqüência das intervenções irresponsáveis e imprudentes dos EUA em vários países, a saber: Iraque, Líbia e Síria, entre outros. Sob o governo Saddam, Gadaffi e Assad as várias seitas existentes no Oriente Médio viviam em paz. Hoje, massacram-se uns aos outros, enquanto um novo grupo, o DAASH, ou EIIL, ou ISIL ou ISIS, está em pleno processo de criação de um novo Estado, com pedaços do Iraque e da Síria.
Por Paul Craig Roberts*
O projeto de lei aprovado pelo governo da Ucrânia prevê a possibilidade de introdução de 26 tipos de sanções contra a Rússia, incluindo a interrupção do trânsito de recursos energéticos, declarou o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Iátseniuk, em uma coletiva esta sexta-feira.
No total, 150 militares ucranianos, que se refugiaram em território russo, passaram para o lado dos insurgentes, anunciou o novo primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexander Zakhartchenko.
Michal Bociurkiw, o primeiro observador da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) a chegar junto dos destroços do avião abatido na Ucrânia confirmou a informação de que a fuselagem do aparelho apresenta “marcas nos estilhaços que parecem ser de munições de metralhadoras, poderosas metralhadoras”.
A ONU demonstrou, na terça-feira (5), uma grande preocupação com a situação dos territórios localizados no leste da Ucrânia e com os números crescentes de refugiados. Ao todo, ao menos 118 mil pessoas já se deslocaram internamente e 740 mil fugiram para a Rússia durante a atual crise.
A situação no leste da Ucrânia foi descrita como uma guerra catastrófica pelo enviado russo para a Organização das Nações Unidas (ONU), Vitaly Churkin, durante a última reunião do Conselho de Segurança, nesta terça-feira (5). A Rússia instou ao estabelecimento de uma missão humanitária. No mesmo dia, confrontos entre as tropas do governo ucraniano e as forças de autodefesa da região de Donetsk intensificaram-se, com o uso de artilharia pesada pelo Exército.
"Um primitivismo horrível", é assim que o líder da revolução cubana, Fidel Castro, classificou as acusações do suposto envolvimento da Rússia no acidente do Boeing malaio, num artigo publicado na terça-feira (5).
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, tenta, mais uma vez, atribuir à Rússia a responsável pelo agravamento da crise na Ucrânia, ignorando as explicações de Moscou, bem como a declaração da ONU sobre a ausência de provas do envolvimento da Federação Russa no fornecimento de armas para o leste da Ucrânia, declarou o Ministério das Relações Exteriores russo.
Ainda recentemente a palavra “guerra” era sobretudo associada à Segunda Guerra Mundial, ela era retratada em livros e em filmes. Ninguém esperava que a guerra se instalasse na Ucrânia. Como se modificou a vida das pessoas simples nas novas e terríveis condições “de guerra”?