Os membros da União Europeia (UE) concordaram com a intensificação das sanções contra a Rússia devido à crise na Ucrânia, dizem diplomatas europeus citados pela emissora PressTV, nesta terça-feira (8). Enquanto o governo ucraniano mantém uma operação militar contra os residentes do leste, que já causou centenas de mortos e milhares de refugiados, a maioria dos governos europeus, que respaldaram o processo de golpe e apoiam a nova liderança, continuam acusando a Rússia de ingerência.
O exército ucraniano prosseguiu neste domingo com seu avanço até Donetsk, onde cerca de dois mil rebeldes se reagrupavam, enquanto Slaviansk, foi retomada no sábado (5). O exército anunciou que a bandeira ucraniana já havia sido hasteada em mais duas cidades da região, Artemivsk (de 77.000 habitantes) e Drujkivka (60.000 habitantes), ambas no caminho até Donetsk.
O doce nome de "Rei do chocolate", com o qual o oligarca Piotr Poroshenko enfatizou a campanha que o levou à vitória presidencial na Ucrânia com mais de 54% dos votos, corre perigo.
Por Jorge Petinaud Martínez*
Os militares ucranianos reforçaram sua operação militar no sudeste do país. Começaram sendo usados bombardeamentos aéreos e ataques com sistemas lançadores de foguetes múltiplos pesados Smerch com munições de fragmentação, que antes o exército ucraniano evitava utilizar. Os resultados são dezenas de mortos entre a população civil.
Por Natalia Kovalenko, na Voz da Rússia
Não foi cumprido o cessar-fogo no Leste da Ucrânia, onde as forças antigolpistas responderam aos ataques de Kiev. A junta fascista ucraniana voltou a comprometer-se com uma nova trégua, mas no terreno reforça a opção militar e nos gabinetes prossegue a subjugação aos interesses imperialistas.
Os serviços das Nações Unidas calculam que mais de 100 mil cidadãos ucranianos se refugiaram na Rússia desde que os responsáveis pelo aparelho de segurança de Kiev decidiram atacar militarmente as províncias do Leste e Sudeste da Ucrânia, para “repor a ordem constitucional no país”. As autoridades russas montaram acampamentos na região de Rostov do Don e procuram minorar os efeitos da tragédia humana.
Por Castro Gomez, de Rostov do Don para o Jornalistas sem Fronteiras
Apesar da prolongada crise na Ucrânia, o Conselho da Segurança da ONU está tentando resolver outros problemas internacionais, como a guerra na Síria, a ativação de radicais islâmicos no Iraque e o futuro do Afeganistão.
Por Ígor Rózin, na Gazeta Russa
A vila de Kondrashovka, no leste da Ucrânia, está devastada pelos ataques das tropas do governo em Kiev; sete pessoas morreram. A vila fica da região de Lugansk, alvo direto da operação militar relançada nesta semana contra os insurgentes contrários ao processo que derrubou o governo de Viktor Yanukovich em fevereiro, instalou um regime fascista provisório e depois oficializou, através de eleições contestadas, a presidência de Petro Poroshenko, com o apoio dos EUA e da União Europeia.
O presidente Vladimir Putin propôs a seu colega ucraniano, Pioter Poroshenko, instalar observadores de Kiev e da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) em postos russos de controle fronteiriço, confirmou nesta terça-feira (1º/7) uma fonte oficial.
O governo ucraniano decidiu relançar a operação militar contra o leste, nesta terça-feira (1º), após um breve período de cessar-fogo. A retomada foi anunciada já com bombardeios aéreos e terrestres, enquanto o presidente Petro Poroshenko afirmava: “Atacaremos e libertaremos a nossa terra”. A Chancelaria russa instou Kiev a reconsiderar a decisão e exigiu que os governos que apoiam a violência deixem de usar a crise ucraniana para seus "jogos geopolíticos".
A ONU condena assassinato de jornalistas na Ucrânia e apela para que seja garantida sua segurança, declarou na segunda-feira (30) o porta-voz oficial dessa organização internacional Stéphane Dujarric.
O governador da autoproclamada República Popular de Donetsk, Pavel Gúbarev, denunciou nesta segunda-feira (30) que as tropas mobilizadas para a limpeza étnica do sudeste atacaram com armas químicas as autodefesas civis na aldeia de Semionovka, próxima a Slaviansk.