A China reafirmou nesta terça-feira (11) sua postura a favor da solução política das tensões na Crimeia e pediu a paz e a estabilidade na região.
O parlamento da República Autônoma da Crimeia, no sul da Ucrânia, adotou uma declaração de independência necessária para a realização do referendo popular, previsto para o domingo (16). A declaração menciona uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) de 22 de julho de 2010, segundo a qual, referindo-se à província sérvia de Kosovo, a declaração unilateral de independência de parte de um país não viola o direito internacional.
Muitos políticos ocidentais afirmam que as intenções da Crimeia em se tornar parte da Rússia contrariam as normas do direito internacional.
O presidente dos EUA, Barack Obama, discutiu a crise na Crimeia com o presidente chinês, Xi Jinping.
A Chancelaria russa reiterou nesta segunda-feira (10) sua preocupação pela atuação impune e sem limites do partido Setor Direita, de extrema-direita e neofascista, nas regiões do leste e sul da Ucrânia, para semear o terror e a violência.
O primeiro ministro interino da Ucrânia, Arseny Yatsenyuk, confirmou neste domingo (9) em uma reunião do gabinete imposto depois do golpe que derrubou o presidente eleito, Víktor Yanukóvich, que viajará aos Estados Unidos em busca de respaldo.
Na semana que se inicia, 300 soldados norte-americanos e 12 caças F-16 da Marinha dos EUA serão transferidos "para um treinamento" para a base aérea na localidade de Lask, na Polônia, segundo adiantou neste sábado (7) o ministro da Defesa polonês, Tomasz Siemoniak, em entrevista coletiva.
Há um velho ditado que reza que, toda vez que o capitalismo se vê ameaçado, ele sai para passear com o fascismo.
Por Mauro Santayana*, em seu blog
“É muito justa a decisão de antecipar a data da realização do referendo de 30 de março para 16 de março, porque isso impedirá que determinadas forças interessadas preparem provocações para fazer fracassar o referendo”, declarou à imprensa o primeiro vice-presidente do Partido Comunista da Federação Russa (PCFR) e primeiro vice-presidente da Duma do Estado (Parlamento), Ivan Melnikov.
As potências ocidentais reconheceram de imediato o governo ucraniano, instaurado como resultado de um golpe de Estado. Esse governo inclui vários membros de organizações nazistas. Entre eles, há três que se distinguiram produzindo imagens falsas de agressões e torturas, para convencer a opinião pública da crueldade do presidente Ianukovitch. Sem disfarçar, o secretário adjunto do Conselho de Segurança Nacional reconhece que tem relações com a al-Qaida.
Por Thierry Meyssan*, no Rede Voltaire
À mesa de Kiev onde foi negociado o acordo formal entre governo, oposição, União Europeia e Rússia não estava oficialmente nenhum representante da poderosa oligarquia interna que, mais ligada a Washington e à Otan do que a Bruxelas e à UE, empurra a Ucrânia para o ocidente. É emblemático o caso de Victor Pintchuk, magnata do aço, 54 anos, classificado pela revista Forbes como um dos homens mais ricos do mundo.
Por Manlio Dinucci, no Il Manifesto
Os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos, Vladmir Putin e Barack Obama, conversaram novamente por telefone sobre suas visões opostas acerca da situação na Ucrânia, nesta quinta-feira (6). As autoridades russas têm reagido contra a “hipocrisia” e o “cinismo” do governo estadunidense, com seus apelos para que a Rússia não interfira na questão. Entretanto, Putin disse esperar que as relações entre os dois países não deteriore.