A política externa da administração Obama sofreu sua pior derrota em cinco anos no último domingo (16), quando o povo de Crimeia votou esmagadoramente para rejeitar o governo repleto de neonazistas que tomou o poder em Kiev, com o apoio de Washington, e para fazer parte da Federação Russa.
Por Mike Whitney, na Counterpunch
Em meio ao caos existente na Ucrânia, os Estados Unidos e o Reino Unido planejam para este verão (hemisfério norte) realizar os exercícios militares multinacionais ‘Rapid Trident’, parte do programa anual da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no território ucraniano.
Apesar do aumento das tensões entre Washington e Moscou, o presidente norte-americano, Barack Obama, descartou na última quarta-feira (19) a possibilidade de que os EUA entrem em guerra com a Rússia por conta das questões sobre o território da Crimeia. Contudo, horas antes, foi revelado que o destroier da Marinha norte-americana iniciou manobras militares no Mar Negro.
Ressaltando que o imperialismo não recua perante nenhum crime, o dirigente do Partido Comunista Português analisa o pano de fundo histórico da crise na Ucrânia.
Por Albano Nunes, no jornal “Avante!”
A Federação de Comunidades Judaicas da Rússia apelou às autoridades ucranianas para que estas não permitam manifestações de antissemitismo, mas por enquanto estes apelos não obtiveram qualquer resposta.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia foi encarregado de introduzir o regime de vistos com a Federação Russa, anunciou nesta quarta-feira (19) o secretário interino do Conselho de Segurança e Defesa, Andrei Paruby, fazendo o balanço de uma reunião ministerial.
Um quartel-general da Marinha da Ucrânia, em Sebastopol, foi ocupado por uma multidão de moradores desarmados da região, que começaram a expulsar as tropas ucranianas ali alojadas.
Em discurso nesta terça-feira (18) o presidente russo, Vladmir Putin, afirmou que a "Crimeia sempre foi e seguirá sendo parte de seu país". Ele se reuniu com parlamentares russos no Kremlin para anunciar sua decisão sobre a união territorial da Crimeia, que aprovou sua incorporação à Rússia em um referendo no último domingo (16).
O Parlamento da Crimeia aprovou nesta segunda-feira (17) uma resolução para declarar-se independente da Ucrânia e pediu oficialmente a união da península à Rússia. A resolução foi adotada em sessão do Parlamento, na qual ficou estabelecido que a Crimeia passará a usar o fuso horário de Moscou, e não o de Kiev, na Ucrânia, que era o adotado.
Não será possível compreender os recentes e preocupantes desenvolvimentos da situação na Ucrânia sem ter presente os acontecimentos que marcaram a evolução da situação na Europa após o fim da URSS e do campo socialista, com a autêntica cavalgada do capitalismo para Leste e suas dramáticas consequências políticas, sociais e económicas.
Por Pedro Guerreiro, no jornal “Avante!”
Em artigo publicado no site da Folha de São Paulo no último sábado (15), intitulado “O mundo de Putin”, o comentarista da Globo, Demétrio Magnoli, aparenta viver em seu próprio mundo. No mundo que acredita existir, o “Ocidente” é um padrão ilibado de moral e promotor altruístico da liberdade, da democracia e dos direitos humanos. Mas a “civilização ocidental” que alcançou o “fim da história”, infelizmente sempre tem que lidar com párias.
Por Thomas de Toledo*
Mais de 95% dos eleitores no referendo da Criméia responderam "sim" à união da república autônoma à Rússia e menos de 5% dos eleitores querem que a região continue a fazer parte da Ucrânia, de acordo com resultados preliminares.