Não será possível compreender os recentes e preocupantes desenvolvimentos da situação na Ucrânia sem ter presente os acontecimentos que marcaram a evolução da situação na Europa após o fim da URSS e do campo socialista, com a autêntica cavalgada do capitalismo para Leste e suas dramáticas consequências políticas, sociais e económicas.
Por Pedro Guerreiro, no jornal “Avante!”
Em artigo publicado no site da Folha de São Paulo no último sábado (15), intitulado “O mundo de Putin”, o comentarista da Globo, Demétrio Magnoli, aparenta viver em seu próprio mundo. No mundo que acredita existir, o “Ocidente” é um padrão ilibado de moral e promotor altruístico da liberdade, da democracia e dos direitos humanos. Mas a “civilização ocidental” que alcançou o “fim da história”, infelizmente sempre tem que lidar com párias.
Por Thomas de Toledo*
Mais de 95% dos eleitores no referendo da Criméia responderam "sim" à união da república autônoma à Rússia e menos de 5% dos eleitores querem que a região continue a fazer parte da Ucrânia, de acordo com resultados preliminares.
Pesquisa de boca de urna do Instituto de Política e Sociológica da República da Crimeia aponta que 93% dos eleitores da Crimeia votaram a favor da anexação à Rússia.
Neste sábado (15), a Rússia vetou, em audiência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), resolução que previa ação dos Estados Unidos na Crimeia.
A disputa com o Ocidente na questão ucraniana tem como base os sérios questionamentos da Rússia acerca da ampliação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ao redor de suas fronteiras e da política de dois pesos, duas medidas.
Por Odalys Buscarón Ochoa *
Quando um especialista em Rússia, de grande reputação, Stephen Cohen da New York University, diz que os EUA estão a dois passos de uma Crise dos Mísseis de Cuba e, pela primeira vez, a três passos de uma guerra contra a Rússia, as coisas parecem sombrias. Cohen insiste: “Temos de conseguir pôr em andamento uma negociação…”. [1]
Por MK Bhadrakumar*, no Indian Punchline
A China defende uma solução política para a Ucrânia, afirmou hoje Hong Lei, porta-voz da chancelaria chinesa.
Enquanto a Crimeia e a cidade de Sebastopol reforçam a segurança 72 horas do referendo sobre o status de seus poderes, ressurgem nesta quinta-feira (13) acusações sobre a cumplicidade dos novos dirigentes ucranianos com francoatiradores durante os protestos de Maidán.
Perante o eventual referendo a ser realizado na Crimeia, o presidente norte-americano, Barack Obama, avisou que, se a Rússia continuasse o que chamou de "destruição" de soberania e integridade territorial da Ucrânia, os Estados Unidos iriam forçar a Rússia "a pagar por isso".
Toda nação tem seus símbolos. Um dos mais tradicionais símbolos russos, à altura de Dostoiévski, e de Púchkin, são as Matriochkas, as bonecas de madeira, delicadamente pintadas e torneadas, que, como as camadas de uma cebola, guardam, uma dentro da outra, a lembrança do infinito, e a certeza de que algo existe, sempre, dentro de todas as coisas, como em um infinito jogo de espelhos e surpresas.
Por Mauro Santayana*, em seu blog
A Casa de Saud pode estar aprontando alguma na Crimeia. Pivoteêmo-nos de volta ao deserto, para ver como isso pode ser possível.
Por Pepe Escobar*, no Russia Today