As entidades estudantis rejeitaram o anúncio do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), nesta segunda-feira (7), de que processará a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a União da Juventude Socialista (UJS) para que paguem as despeas pela realização de uma nova etapa do Enem. Mendonça quer que as entidades paguem R$ 15 milhões por estimularem as ocupações de escolas e universidades.
Por Laís Gouveia
O Coletivo Negrex emitiu nota de repúdio ao programa Fantástico, da Rede Globo, pela reportagem sobre cotas que foi ao ar no dia 16 de Outubro, domingo. Segundo o coletivo, "a reportagem foi um grande desserviço a toda mobilização e luta do povo negro para ocupar um espaço que lhe é de direito nas universidades". Veja abaixo a nota na íntegra:
Os estudantes brasileiros transformaram-se no símbolo de resistência contra a PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio. Apesar da grande mídia maquiar o conteúdo das propostas e dar um destaque mínimo ao movimento de ocupação – muitas vezes criminalizando e reduzindo as ações – , já são 1.210 escolas e universidades tomadas contra o extermínio dos investimentos na educação pública propostos pelo governo Temer.
Por Laís Gouveia
As 63 universidades federais brasileiras passam por um momento delicado. Com 45% de cortes orçamentários previstos para 2017 e o impacto nocivo que a PEC 241 causará no congelamento dos investimentos ao longo das próximas décadas, professores, estudantes e técnicos administrativos protestam, em diversas regiões do país, contra as medidas de desmonte propostas pelo governo Temer.
A Universidade Federal do Paraná (UFPR), a mais antiga do país, de 1912, foi ocupada na noite desta segunda-feira (24) pelos estudantes contra a Medida Provisória 746, que reforma o ensino médio, e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos por 20 anos.
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) articula-se para a retomada do calendário escolar de 2016. A reposição das aulas está sendo definida pela reitoria da Uece. O semestre 2016.1 deverá ser finalizado na segunda quinzena de janeiro de 2017, e o segundo semestre de 2016 começa em fevereiro.
A ofensiva contra a retirada de direitos não para de crescer. Nesta quarta-feira (19), já são 22 universidades que somam forças às 769 escolas e institutos federais ocupados em todo país na luta contra a PEC 241 – proposta do governo golpista que promete congelar os investimentos em saúde e educação pelos próximos 20 anos, a MP do Ensino Médio.
Um ato de solidadariedade está sendo encarado por alguns estudantes da Universidade Federal do ABC paulista (UFABC) como mau uso de recursos. Durante os protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff, Deborah Fabri, de 19 anos, estudante da instituição, foi atingida por estilhaços de uma bomba e perdeu a visão do olho esquerdo.
O pacote de cortes sociais do governo Temer acertará em cheio as 63 universidades federais brasileiras. A reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF) emitiu uma nota alertando para os riscos sem precedentes que o ensino superior público enfrentará nas próximas décadas, caso e PEC 241, do teto de gastos, seja implementada. Se a proposta estivesse em vigor desde 2006, a universidade teria perdido recursos da ordem de 780 milhões de reais nos últimos dez anos.
Em nota, reitores das Universidades do Estado criticam a ação desmedida e desproporcional da polícia contra o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, sua família e amigos. “A truculência dos policiais militares que os abordaram, em uma sessão eleitoral de Fortaleza, comprova o despreparo de alguns desses agentes para atuar com civilidade num contexto democrático”. Leia a íntegra da nota:
Estudantes e professores do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (IL/UnB) realizaram na tarde desta sexta-feira (30) o debate 'Tomando partido: escola para todos, com pensamento crítico', organizado com o objetivo de discutir as propostas para a área da educação pretendidas pelo governo Temer.
A pressão feita por centenas de estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que ocupam o prédio da reitoria desde a tarde de quinta-feira, surtiu efeito. Os alunos protestam contra uma proposta de alteração na política de cotas da instituição, que seria votada na manhã da última sexta-feira pelo Conselho Universitário (Consun). Com a ocupação e os protestos, no entanto, os planos mudaram, e a universidade decidiu adiar a votação. O parecer será apreciado amanhã, às 8h30min.