A imaginação tem uma função política porque ela nos permite a orientação entre passado e futuro, entre o próximo e o distante. A imaginação tem isto de especial, ela é livre, e portanto não está sujeita, de modo impositivo, às regras do bom senso, e nem mesmo, talvez, às regras da lógica.
Por Daniel Tourinho Peres*
Ex-presidentes da Andifes entregaram à Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (17), um manifesto em defesa das universidades federais. As instituições passam por uma crise sem precedentes, devido aos cortes de verbas do governo Bolsonaro. As deputadas Alice Portugal e Jandira Feghali levaram apoio à luta da comunidade universitária.
Por Walter Félix, do PCdoB na Câmara
Bolsonaro vem rompendo com a tradição de nomear para a reitoria o primeiro dos três nomes da lista encaminhada pelas universidades.
Com um extenso currículo no meio acadêmico, o ex-reitor da UFBA e professor da USP, Naomar de Almeida Filho, em entrevista ao site da Fiocruz, defendeu que a universidade precisa se recriar como espaço popular, mas que no contexto atual a atividade universitária sobre agressão, e não apenas ameaça, diz.
O Ministério da Educação (MEC) já admite que o projeto “Future-se” – aposta do governo Jair Bolsonaro (PSL) para privatizar o ensino superior – será um fracasso. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro Abraham Weintraub projetou que apenas “um quarto” das 68 universidades federais do País pode aderir à iniciativa. A rejeição ao programa foi manifestada por inúmeros reitores do País, mas Weintraub, do alto de sua arrogância, atribuiu a crise ao “pessoal militante politicamente”.
Escrevo estas mal traçadas linhas para expressar minha irrestrita solidariedade e sororidade à Professora Doutora Georgina Gonçalves, carinhosamente conhecida na UFRB e em toda a Bahia como Gina.
Por Ângela Guimarães*
Bolsonaro elegeu as universidades federais como seu alvo de ataques, durante esses seis primeiros meses de mandato, ao disparar embustes como marca de uma prática cotidiana, que mistura o privado com o cargo mais alto da República Brasileira.
Ao opinar sobre a proposta do governo Bolsonaro para as instituições de ensino superior, o professor Remi Castioni afirma que o Future-se ameaça a autonomia universitária e não aponta caminhos para que a universidade brasileira dialogue com a experiências mais avançadas de universidades que existem no mundo.
Para Henry Campos, reitor da Universidade Federal do Ceará, o projeto do governo Bolsonaro que abre para investimento de capital privado nas universidades e institutos federais deveria se chamar "vire-se" ou "privatize-se"
O governo Bolsonaro parece gostar de viver perigosamente, ou esqueceu que o único tema capaz de levar uma boa quantidade de manifestantes às ruas nesses seis meses foi a educação. Num gesto quase temerário, o Ministério da Educação apresentou ao país o programa Future-se, uma espécie de privatização de serviços e atividades das universidades federais.
Por Helena Chagas*
A direção da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), formada pelo colegiado de reitores, concedeu na tarde desta quarta-feira (17) uma entrevista coletiva de avaliação do Future-se, programa que busca ampliar a captação de recursos privados para instituições federais de ensino superior apresentado pela Ministério da Educação (MEC) pela manhã.