Vídeo publicado no Esquerda Diário mostra os bastidores de uma equipe de reportagem da Rede Globo em Mariana, cidade de Minas Gerais devastada pela lama tóxica da Samarco-Vale.
Após reunião com governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo, nesta terça-feira (17), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo federal e os estados trabalharão em conjunto para elaborar o plano de recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. Para isso, a Advocacia-Geral da União e as procuradorias estaduais deverão se reunir para definir a arquitetura jurídica das medidas, que incluem as ações emergenciais às regiões atingidas e pela recuperação e revitalização do Rio Doce.
A presidenta Dilma Rousseff vai se reunir nesta terça-feira (17) com os ministros Jaques Wagner, Gilberto Occhi, Eduardo Braga, Izabella Teixeira e Juca Ferreira, e os governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, para a primeira reunião do comitê de gestão e avaliação de respostas ao desastre ocorrido na região de Mariana, em Minas Gerais.
O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade foi considerado um dos mais influentes do século 20. Ao longo de seus 85 anos publicou mais de 30 livros de poemas, e quase 20 de prosa, além de integrar antologias poéticas e produzir histórias infantis. Porém, não imaginava que ao publicar o poema Lira Itabirana estaria prevendo um dos maiores, quiçá o maior desastre ambiental da história do Brasil: o rompimento das barragens da Vale- Samacro em Minas Gerais.
O rompimento das barragens da Samarco em Minas Gerais tirou vidas, provocou destruição ambiental, devastou cidades e deu novo significado à expressão mar de lama. Entre a multa estipulada pelo Ibama e recursos para a reconstrução de Bento Rodrigues, a empresa foi instada a pagar R$350 milhões. O valor parece irrisório não apenas pelo tamanho da tragédia, mas pelo volume de recursos movimentado pela companhia. A Samarco lucrou, só ano passado, 2,8 bilhões – 8 vezes o que terá que pagar.
É notória a espetacularização dos acontecimentos no Rio Doce desde o rompimento da barragem da Samarco, mineradora que compõe a holding de mineração da Vale. Infelizmente, o espetáculo de devastação que vimos até agora não é o pior que pode acontecer àquela região e seu povo.
Por Marcela Rodrigues*
Seguindo o exemplo do prefeito do PCdoB Neto Barros, de Baixo Guandu no Espírito Santo, índios da tribo Krenak decidiram interromper a Estrada de Ferro Vitória-Minas, por onde a Vale, sócia da Samarco e da ferrovia, escoa seus minérios. A ação foi um protesto contra a falta de água e a destruição do Rio Doce provocado após o rompimento das barragens da mineradora em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, em minas Gerais.
O que era para ser um alento provocou revolta e frustração dos moradores de Governador Valadares, região Leste de Minas. O primeiro carregamento de água, com 300 mil litros captados na vizinha Ipatinga e levados de trem para o município, chegou na manhã de sexta-feira (13) contaminado com querosene.
“É um desastre sem precedentes”, afirmou o prefeito de Baixo Guandu, no Espírito Santo, Neto Barros (PCdoB), em entrevista ao Portal Vermelho. Ele bloqueou por seis horas a Estrada de Ferro Vitória a Minas na madrugada desta sexta-feira (13), para pressionar a Samarco-Vale a apresentar soluções para conter os danos causados após o rompimento das duas barragens de propriedade da mineradora em Mariana, Minas Gerais.
Por Dayane Santos
Diante do constatado crime ambiental provocado pelo rompimento das duas barragens na mineradora Samarco, em Mariana (Minas Gerais), que espalhou lama tóxica por toda a cidade, matando pessoas e contaminando rios, a Vale afirmou não ter responsabilidade direita ou indireta sobre o assunto, pois é apenas acionista da empresa.
Um tsunami de lama tóxica. Assim descrevem as pessoas vítimas do rompimento de duas barreiras de contenção de rejeitos da mineradora Samarco, de propriedade da Vale, ocorrido na última quinta-feira (5) na região de Mariana, em Minas Gerais, devastando o distrito de Bento Rodrigues, na zona rural do município.