O papel da mídia para legitimar as agressões contra as mulheres e as formas que os meios de comunicação podem contribuir para combater a violência de gênero foram tema do segundo dia do 1º Seminário Internacional Cultura da Violência contra as Mulheres.
A pressão exercida pelas organizações de mulheres ajudou a reduzir a violência de gênero das últimas décadas, na avaliação da representante das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres – ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, após participar da abertura do 1º Seminário Internacional Cultura da Violência contra as Mulheres, na capital paulista.
A secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, disse nesta terça-feira (12), em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, que o desafio do Poder Público é aumentar o número de serviços especializados à mulher vítima de violência doméstica.
Em repúdio à agressão sofrida pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ), em sessão na Câmara nesta quarta-feira (6), empreendida pelo coronel e deputado Alberto Fraga (DEM/DF), entidades publicam nota e ressaltam que é "inadmissível que a violência contra a mulher e o machismo sejam reproduzidos no espaço que deveria combatê-los".
A deputada e ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Maria do Rosário (PT-RS) manifestou sua solidariedade com a líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), que foi agredida na quarta-feira (6), no plenário da Câmara. No seu perfil do Facebook, Rosário escreveu: "Somos todas Jandira! Porque quem bate como machista merece ser punido como machista".
A coordenadora estadual da União Brasileira de Mulheres (UBM-BA), Patrícia Vieira, comemorou a decisão da Justiça baiana, que condenou a 11 anos e oito meses de reclusão os integrantes da banda de pagode New Hit pelo crime de estupro. As vítimas são duas fãs menores, que tinham ido a uma sessão de fotos no ônibus da banda, após um show, quando foram presas no local e estupradas pelos artistas.
O programa Ronda Maria da Penha, que acompanha mulheres vítimas de violência sob medida protetiva, já realizou a prisão de cinco agressores, desde que foi criado, em março. A última prisão ocorreu na segunda-feira (4/5), no bairro de Plataforma, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, quando uma mulher acionou o serviço diante de constantes ameaças de agressão do companheiro.
“A violência contra a mulher não é o Brasil que a gente quer.” Com este refrão, parlamentares, encabeçados pela Bancada Feminina da Câmara, se solidarizaram com a líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), após agressão do deputado Roberto Freire (PPS-PE) e ameaça do deputado Alberto Fraga (DEM-DF) – que defendeu a violência contra a mulher.
A bailarina de funk Cícera Alves de Sena, de 29 anos, mais conhecida como Amanda Bueno, foi brutalmente assassinada pelo noivo, Milton Severiano Vieira, de 32, na última quinta-feira (16). Câmeras de segurança instaladas na casa do agressor, em Nova Iguaçu (RJ), registraram o momento da morte – as gravações mostram Vieira batendo a cabeça da companheira no chão por no mínimo onze vezes e depois atirando, com pistola e escopeta calibre 12, em seu corpo já estirado ao chão.
A ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci, participa nesta terça-feira (14) de audiência pública no Senado. Ela vai apresentar à Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher as políticas de enfrentamento à violência adotadas hoje no Brasil.
Um clima de indignação tomou conta das redes sociais na última terça-feira (7). O motivo é o lançamento da música “Vou jogar na internet”, da dupla goiana Max e Mariano. No clipe, um casal termina a relação e a mulher segue em frente. Por vingança, o ex-namorado espalha na internet vídeos com cenas íntimas do casal, gravados sem consentimento dela, expondo a ideia de pornografia de vingança.
Por Laís Gouveia
As deputadas da bancada feminina decidiram entrar no Supremo Tribunal Federal (STF), no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) com uma nota de repúdio em que pedem a revisão da pena do agressor da operadora de caixa Mara Rúbia.