Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta para queda no número de registros oficiais em alguns estados, enquanto menções às brigas de casal crescem 431% no Twitter.
Mulheres, fiquem em casa, sigam à risca o isolamento social e ajudem a combater o coronavírus – mas não deixem de denunciar a violência doméstica
Segundo a ONU Mulheres[1] o aumento dos riscos da violência doméstica, em contextos como o atual, acontece devido ao aumento […]
Recentemente, o presidente Bolsonaro para justificar o seu apelo para a população romper o isolamento social, atendendo à pressão de parte do grande empresariado e em contraposição à orientação das autoridades de saúde e sanitárias nacionais e internacionais, cita, entre outros itens, o aumento da violência contra as mulheres em decorrência da implementação da medida.
No país em que 7 a cada 10 vítimas de feminicídio são mortas dentro de casa, permanecer segura no próprio lar é mais um desafio do isolamento
Em que pese todo o passado de luta, os direitos das mulheres continuam a ser negados em grande parte do mundo
Não é nenhuma novidade os números aviltantes da violência enfrentada diariamente pelas brasileiras, seja nas ruas, no ambiente de trabalho, no transporte coletivo, em igrejas, em festas e baladas ou em suas próprias casas.
“Pare de envergonhar o Brasil. Pense um pouco em governar, deixe de agredir as pessoas”, cobrou o vice-líder do PCdoB, o deputado Márcio Jerry (MA)
A líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que Bolsonaro precisará responder na Justiça por sua fala contra Patrícia Campos Mello. “Não há muito o que esperar dessa criatura neandertal que se acocora na poltrona presidencial”, declarou. Confira outras repercussões de parlamentares
Levantamento inédito mostra que, desde 2008, número de casos reportados está aumentado. Assédio e estupro são os mais comuns.
Fale Conosco da Câmara dos Deputados receberá denúncias a respeito de situações de violência política contra mulheres em órgãos públicos nas esferas federal, estadual e municipal.
Assustadoramente, os números apontam que o Brasil é o quinto país em morte de mulheres em todo mundo. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada 8 horas uma mulher é morta, simplesmente pela condição do gênero ou pelo ápice da violência doméstica já instalada no âmbito familiar ou na relação íntima de afeto.
Por Cândida Cristina Coelho Ferreira Magalhães*