A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) apoia e engrossará ato que profissionais de imprensa irão realizar na segunda-feira (28), a partir das 17 horas, em protesto pelas agressões da Polícia Militar contra os jornalistas.
A Câmara dos deputados pode votar, nesta terça-feira (22), o projeto de lei que prevê investigação rigorosa de todos os homicídios cometidos pelas polícias, ao acabar com os chamados “autos de resistência”, ferramenta criada pela ditadura para encobrir execuções de perseguidos políticos, ainda hoje utilizada em larga escala, principalmente, contra jovens negros e pobres.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre racismo no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (17), revela que a chance de um adolescente negro ser assassinado é 3,7 vezes maior do que um branco. Segundo o estudo, existe racismo institucional no país, expresso principalmente nas ações da polícia, mas que reflete “o desvio comportamental presente em diversos outros grupos, inclusive aqueles de origem dos seus membros”.
Mais uma vez, as polícias militares do Rio de Janeiro e São Paulo agiram com truculência lançando bombas de efeito moral e gás de pimenta contra os manifestantes nos protestos de terça-feira (15), Dia do Professor. Em defesa da educação com qualidade e valorização do educador, estudantes e docentes saíram às ruas para protestar contra a violência da polícia e em defesa da luta da categoria que está em greve no Rio para reivindicar melhores condições de salários, planos e carreira.
Depois das cenas de violência e perseguição a estudantes e professores, diversas entidades do movimento estudantil, presentes no ato, divulgaram uma nota de repúdio sobre as ações da Polícia Militar (PM) em São Paulo e no Rio de Janeiro. Abaixo, a íntegra da nota.
Não há um dia sequer, desde o fatídico 13 de junho, que Sérgio Silva não se lembre do dia em que perdeu a visão do olho esquerdo depois de ser atingido por uma bala de borracha, enquanto trabalhava como repórter fotográfico. “Todos os dias quando eu acordo, me olho no espelho e a imagem que tenho é essa que você está vendo agora: da violência, do meu olho fechado. Todos os dias eu lembro, não tem como.”
A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou uma nota em repúdio à perseguição que vem sendo feita a jovens na cidade de Porto Alegre que lutam por um transporte público de qualidade. "Longe de ser uma “quadrilha”, a ação da juventude porto-alegrense serviu de exemplo a todo o povo brasileiro e foi inspiração para as lutas contra o aumento das tarifas em todo o país", diz um trecho da carta. Leia na íntegra.
As imagens da Polícia Militar espancando os jovens da classe média em seu cívico direito de ocupar as ruas e praças têm causado indignação e horror. Nada tem sido mais pertubador do que ver nos jornais pessoas ensanguentadas, correndo sob balas, jatos de pimenta no rosto, ou sendo varridas das ruas a pauladas.
Por Jaime Amparo Alves*, na Carta Capital
A Polícia Militar acaba de fechar os acessos da Rua Alcindo Guanabara, na lateral da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, no centro da cidade, onde professores da rede municipal de ensino estão acampados desde a madrugada de ontem (29). Cerca de 160 policiais, segundo a PM, participam da operação.
Professores da rede municipal de ensino armaram barracas de acampamento na lateral do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo do Rio, onde na noite do sábado (28) houve uma ação da Polícia Militar (PM) para a desocupação do plenário da Casa.
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República aceitou intervir nas investigações do caso Amarildo. A ministra Maria do Rosário recebeu na tarde desta quarta-feira (25) um protocolo com o pedido de investigação paralela assinado por 40 deputados da bancada do Rio de Janeiro, coordenada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Mais uma vez policiais da Tropa de Choque adotaram uma postura truculenta durante manifestações. Nos conflitos de sábado, no feriado de Sete de Setembro, dezenas, até centenas de pessoas registraram imagens da violência policial em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Um relatório da Ordem dos Advogados do Brasil no DF aponta que a corporação foi "truculenta" e "excessiva" nos protestos em Brasília, com a atuação de policiais sem identificação, tratamento "humilhante" e espancamento de detido.