Mano Brown, líder do Racionais MC’s, sugeriu o impeachment do governador de São Paulo Geraldo Alckmin ao receber o 16º Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, na Assembleia Legislativa de SP, na noite de 10 de dezembro.
Tiros na noite. O cinegrafista amador achou que os tiros eram contra a polícia. Pânico entre os moradores. Na calçada, dois corpos. Um deles é do jovem trabalhador "Duda". Ele foi morto enquanto observava uma operação policial no bairro da Brasilândia, periferia de SP. Diante da onda de violência, moradores de SP hoje fogem de bandidos e de policiais para sobreviverem.
O relatório sobre a confiança da população na Justiça, elaborado pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou que 63% dos brasileiros estão pouco ou muito insatisfeitos com a atuação da polícia. O percentual de insatisfação foi maior entre os mais pobres, 65%, e ficou em 62% entre os mais ricos.
A onda de violência no Estado de São Paulo põe em discussão o papel e a função das forças de segurança pública existentes no país. Para o advogado que atua na área de direitos humanos Renato Roseno, “a violência do Estado é necessária para a produção da obediência das classes mais baixas”. Os movimentos sociais responsabilizam forças policiais pela violência contra a população, principalmente de baixa renda e negra.
A afirmação de Douglas Belchior, da Uneafro, se refere ao fato de o governador não barrar as execuções cometidas pela PM na periferia. Na quinta-feira (22) militantes do movimento negro ocuparam a Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo em protesto contra a violência policial.
O novo comandante geral da Polícia Militar, Benedito Meira, disse que para limpar a imagem da Rota (Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar) vai processar as páginas do Facebook que incentivam a violência policial. A declaração foi feita na quarta-feira (28) ao jornal O Estado de São Paulo.
Matéria do PIG revela que o governador tucano Geraldo Alckmin aplicou apenas 44,6% do previsto no Orçamento para investimentos na área de segurança pública, em 2012. Este ano foi um dos mais violentos do estado de São Paulo desde o final da década de 1990.
Ao menos seis pessoas morreram baleados entre a noite de ontem e a madrugada deste sábado na Grande São Paulo. Três das mortes em confronto com a polícia após tentativas de assaltos. Mas, trabalhadores estão entre as vítimas da onda de violência em São Paulo.
Fernando Grella Vieira tomou posse da secretaria de Segurança Pública de São Paulo na manhã desta quinta-feira (22). Durante a cerimônia de posse, declarou que ações contra o crime e respeito aos direitos humanos podem estar juntos. "(É preciso) desfazer a noção equivocada de que o combate firme ao crime e o respeito aos direitos humanos são excludentes. Não são", disse o novo secretário. No entanto, é preciso mudanças imediatas que transfiram as ações do discurso à prática.
Um cinegrafista da Band foi agredido por um policial militar durante uma manifestação em Embu (SP). O profissional tinha acabado de registrar o momento em que policiais militares (PM) abordaram uma mulher de forma truculenta.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, pediu exoneração do cargo na madrugada desta quarta-feira (21). Com o agravamento da crise de segurança em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já procurava um substituto desde a semana passada. Ferreira Pinto será substituído pelo ex-procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo Fernando Grella Vieira.
Apesar de os governadores de São Paulo e de Santa Catarina negarem que há uma crise de segurança pública em seus respectivos estados, os números da violência não param de subir. Dez veículos foram incendiados, três mortes e dez pessoas presas em Santa Catarina, entre a noite de quinta e a madrugada desta sexta-feira (16). Em São Paulo, a onda chegou ao interior. Depois de Araraquara, Bauru registrou três mortes em menos de 10 horas.