Até o início da noite de segunda-feira (17), nossos canais de notícias e portais da internet mantiveram uma cortina de silêncio em torno da National Rifle Association (NRA), a responsável pela obsessão americana em preservar o comércio e uso de armas de fogo.
Por Alberto Dines*
De acordo com as Estatísticas do Registro Civil 2011, divulgadas nesta segunda-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mortes por causas violentas no Brasil (homicídios, acidentes de trânsito e quedas acidentais) somaram 111.546 em 2011, crescimento de 1,3% em relação ao ano anterior.
O município de Itabuna, no Sul da Bahia, é a cidade brasileira que registrou o maior índice de homicídios entre jovens. A taxa é de 10,59 homicídios em cada grupo de 1 mil jovens. A estatística faz parte do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que é calculado pelo Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A nova Campanha Nacional do Desarmamento começou a ser veiculada na noite do último domingo (9), com o conceito: “Proteja sua família. Desarme-se”. Com os anúncios, o Ministério da Justiça quer sensibilizar a sociedade brasileira a aderir ao chamamento do governo e entregar armas de fogo para destruição.
A 16ª Vara Cível de Brasília determinou que o Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) faça a matrícula de um universitário, negada por suposta inadimplência nas mensalidades da faculdade. O autor da ação afirmou que é aluno da UDF e que cursou, no segundo semestre de 2009, o 8º período do curso de direito, no qual foi aprovado. A decisão foi em 26 de novembro deste ano.
Para cada pessoa branca vítima de homicídio no Distrito Federal, sete negros são assassinados. É o que revela o "Mapa da Violência", estudo da Secretaria de Políticas e Promoção da Igaualdade Social do Governo Federal.
Na última quinta-feira (29), o Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) divulgou o Mapa da Violência 2012: A Cor dos Homicídios no Brasil, que revelou que a Bahia está em 1º lugar no número de homicídios da população negra jovem. Entre os anos de 2002 e 2010, os homicídios cresceram 318%. No total, foram 3.160 mortes de jovens negros no estado em 2010 e 203 de jovens brancos.
Enquanto a taxa de homicídios de brancos no país caiu 24,8% de 2002 a 2010, a da população negra cresceu 5,6% no mesmo período. Em 2002, morriam assassinados, proporcionalmente, 65,4% mais negros do que brancos. Oito anos depois, foram vítimas de homicídio no Brasil 132,3% mais negros do que brancos.
O Rio de Paz, filiado ao Departamento de Informação Pública da ONU, realizará nesta quarta-feira (28) das seis às 18 horas, na Esplanada dos Ministérios em Brasília, ato público de repúdio à onda de homicídios em São Paulo e ao meio milhão de assassinatos ocorridos no Brasil nos últimos 10 anos.
Em mais uma declaração que demonstra o descontrole e a falta de uma política estadual para a juventude, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu que adolescentes que cometerem crimes graves fiquem mais tempo internados e possam ser até transferidos para presídios. Ele defende a transferências dos jovens infratores para áreas especiais em presídios ao completarem 18 anos.
A Universidade de São Paulo, campus Leste, realiza nesta quarta-feira (28) às 10 horas, o debate “Existe Amor em SP! A violência em São Paulo”, no Anfiteatro 2 do Ciclo Básico. Participam do evento a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) e o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), Alexandre Silva, o Cherno.
Ao menos seis pessoas morreram baleados entre a noite de ontem e a madrugada deste sábado na Grande São Paulo. Três das mortes em confronto com a polícia após tentativas de assaltos. Mas, trabalhadores estão entre as vítimas da onda de violência em São Paulo.