Apenas atividades essenciais serão mantidas devido a casos de covid-19 em aceleração.
A associação das vítimas da perseguição política na empresa ressalta o caráter inédito e histórico mundial do acordo para a justiça de transição, a memória e verdade da ditadura militar e a reparação coletiva.
A empresa foi condenada por fornecer informações sobre os seus funcionários às forças de repressão
A Volkswagen do Brasil vai destinar R$ 36,3 milhões aos trabalhadores que na época do regime militar (1964-1985) foram presos, perseguidos ou torturados. Ela torna-se a primeira empresa a anunciar uma reparação judicial por ter participado da repressão ao movimento operário durante a ditadura brasileira.
Cerca de 6 mil postos de trabalho foram eliminados nas montadoras neste ano
Sindicatos veem a reabertura da atividade industrial com preocupação, já que a pandemia da Covid-19 continua alarmante no estado de São Paulo
A ideologia do lucro de grandes empresas levou muitas delas a financiar o Estado alemão durante o período nazista. Foram elas que produziram inúmeras tecnologias para os campos de concentração, onde milhões de judeus foram assassinados
"Devido ao controle salarial e dos sindicatos pelo governo, os salários ficaram em um nível bem mais baixo do que em uma democracia pluralista com livre negociação salarial e direito à greve", diz estudo.
O relatório divulgado na semana passada pela Volkswagen sobre a época da ditadura é omisso, diz o IIEP (Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas), que colhe informações sobre o período. A entidade contesta a argumentação básica da empresa, de que as violações de direitos humanos ocorridas em fábricas foram ações isoladas da área de segurança industrial.
Relatório produzido a pedido da empresa Volkswagen (VW) indica a colaboração da montadora alemã com a ditadura militar brasileira, mas alega que ocorreu por meio de um chefe de departamento, “com o conhecimento tácito da diretoria”. A Agência Brasil teve acesso ao documento, entregue previamente a sindicalistas reconhecidos como vítimas.
O jornalista Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual, informa que a Volkswagen divulgará na quinta-feira (14) os resultados de um estudo sobre a atuação da empresa durante a ditadura brasileira. A divulgação deverá ser feita simultaneamente aqui e na Alemanha, país sede da companhia. Alguns ex-funcionários – incluindo um trabalhador preso na própria fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em 1972 – decidiram não comparecer ao evento.
Lucio Antonio Bellentani foi preso e torturado em 1972 pelos oficiais da Ditadura Civil-Militar Brasileira, após ser denunciado como militante comunista pelos seguranças do seu próprio local de trabalho: a Fábrica da Volkswagen, de São Bernardo do Campo (SP). O documentário será lançado em São Paulo nesta quarta-feira (9), às 19h. A entrada é gratuita. Clique AQUI para acessar o evento.