Obras do gasoduto Coari-Manaus começam em junho

As obras de construção do gasoduto Coari-Manaus começam no início do próximo mês, segundo estimativas do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, que participou nesta terça-feira (16) de audiência públ

Gabrielli disse que a estatal fechou acordos com as empreiteiras para a redução dos preços no lote A, numa extensão de 279 quilômetros que vai de Urucu até Coari (consórcio OAS/ETESCO), e no lote B2 compreendendo 193 quilômetros de Anamã até Manaus (consórcio Carmargo Correa/Skanska).

Não houve acordo e a licitação foi cancelada para a construção do lote B1 que vai de Coari a Anamã num trajeto de 190 quilômetros. O consórcio formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Gueiróz Galvão e Carioca Engenharia havia apresentado uma proposta de R$ 1,22 bilhão, pouco menos da estimativa da Petrobras para construir os três trechos, R$ 1,25 bilhão. "Nesse caso nós estamos discutindo com os possíveis fornecedores, incluindo o Exército", disse Gabrielli, que não informou os valores das negociações.

Participação do Exército

A deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), autora da proposta de realização da audiência na Comissão da Amazônia e responsável pelo questionamento sobre o início das obras, disse que a estatal ainda está discutindo a participação do Exército nas obras do lote B1 e em que etapa isso aconteceria. "Com o início da construção dos dois trechos, o importante é que o impasse em torno do trecho problemático seja resolvido a curto prazo", disse a parlamentar.

O ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, que participou da audiência, afirmou que as dificuldades para fechar um acordo foram grandes porque as propostas apresentadas pelas empreiteiras chegam a três vezes o valor da obra, "naturalmente a Petrobras não aceitou".

"Vencida essas dificuldades, nós estamos numa fase melhor, praticamente iniciando a construção do gasoduto Coari-Manaus. Quanto as obras do gasoduto Urucu-Porto seguirá esse mesmo ritmo", antecipou o ministro.

O gasoduto Coari-Manaus terá capacidade para transportar 10 milhões de metros cúbicos do gás natural produzido na Unidade Petrolífera de Urucu até a capital amazonense. Ao chegar em Manaus, o gás vai substituir o óleo combustível que movimenta as termelétricas responsáveis pela geração de energia elétrica. O novo combustível é três vezes mais barato do que o óleo e menos poluente.

De Brasília

Iram Alfaia