“Revolução” secundarista se espalha no Chile

Mais de 600 mil secundaristas de todo o Chile entraram nesta quarta-feira (31) no segundo dia de uma mobilização sem precedentes nos últimos 30 anos. Em luta por uma reforma profunda no ensino, eles comparecem aos colégios, mas em vez

Conhecido como “Revolução dos Pinguins” (devido aos uniformes azuis e brancos dos uniformes), o protesto alcança basicamente os alunos das escolas públicas, mas conquistou a adesão das particulares. Nascido em Santiago, estendeu-se a todo o país.
Primeiro teste de Michele
O movimento é visto como o primeiro grande teste do governo da presidente Michelle Bachelet, empossada em março último. “Queremos que o governo reconheça que a educação está em crise. Este é o ponto de partida”, sublinha Matías Gómez, membro da Comissão Política do Instituto Nacional, escola que lidera as mobilizações.
Os secundaristas exigem gratuidade para a Prova de Seleção Universitária (PSU), que hoje custa cerca de R$ 120 e para o passe escolar. Reclamam ainda a revogação da Lei Orgânica Constitucional de Ensino (Loce), promulgada sob a ditadura do general Pinochet.
“Vamos escutar as propostas”, disse o ministro da Educação, Martín Zilic, ao sair de uma reuniçao de emergência convocada pela presidente. Ontem, vinte líderes estudantis se reuniram  com Zilic e o primeiro escalão do ministério, na Biblioteca Nacional. Foi nas imediações do prédio que a  repressão policial atuou com maior violência.
Com agências