Mercadante acredita no apoio do PMDB no segundo turno

O senador Aloizio Mercadante, candidato ao governo paulista pelo PT, admitiu nesta terça-feira que espera pelo apoio do PMDB no segundo turno das eleições em São Paulo. "Vamos trabalhar para isso", afirmou o petista,

Mercadante ressaltou que o PMDB já contribui com a governabilidade nacional, apoiando a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Esperamos que no segundo turno eles [o PMDB] estejam com a gente aqui no Estado de São Paulo", comentou.

O PMDB, que lançou o ex-governador Orestes Quércia para o governo, também trabalha com a possibilidade de levar a disputa para o segundo turno, apesar do assédio do PSDB para que o partido desista da candidatura e indique o vice na chapa do tucano José Serra.

Mercadante disse ainda que não teme ficar fora do segundo turno devido ao fato de Quércia ter entrado na disputa. "Se o Quércia realmente conseguir a tarefa [de ir para o segundo turno] ele vai estar comigo, porque uma vaga já está garantida, que é a minha. A outra não sei de quem será", comentou o senador, ao ressaltar que está bastante animado com o cenário eleitoral, que dá ao eleitor oportunidade de escolha.

Na avaliação de Mercadante, todas as candidaturas que surgem ao governo de São Paulo são de oposição ao PSDB e ao PFL, o que facilita a união no segundo turno. "Isso é importante porque amplia as alianças no segundo turno", comentou.

Questionado sobre a possível desistência de Quércia, o senador respondeu que não acredita na possibilidade do peemedebista abrir mão da disputa. "Acho que (a candidatura de Quércia) surgiu com muita convicção e disposição, e o próprio Quércia disse que vai até o final. Acredito que agora o PMDB caminha para a candidatura própria", afirmou.

Com a indefinição do PSB em lançar ou não candidato próprio ao governo paulista, o PT trabalha apenas com o apoio do PL e do PCdoB, que indicou a presidente estadual da legenda, Nádia Campeão, para a vaga de vice.

Já o PP, que ainda não fechou com nenhum partido, Mercadante disse que a legenda "está fora do leque de aliança". "Nós não trabalhamos com esse cenário", comentou o senador.

Há a expectativa de que o PP feche aliança com o PMDB.

Alckmin joga a toalha

Já o candidado do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin admitiu hoje que considera "muito difícil" uma coligação formal entre PMDB e PSDB no Estado de São Paulo. A cupula tucana tentou desesperadamente e sem sucesso nos últimos dias viabilizar esta aliança.

Os tucanos paulistas ainda tentam nesta semana acertar um acordo com os peemedebistas, mas  Alckmin jogou a toalha: "Não acho provável. Acho mais provável a aliança já formatada, PSDB-PFL-PPS e PTB", afirmou.

O ex-prefeito José Serra (PSDB) lidera as intenções de voto para o governo paulista, mas o apoio do PMDB seria importante para Alckmin, já que a legenda de Quércia poderia oferecer um palanque forte no interior do Estado.

Ontem, Quércia descartou qualquer possibilidade de o partido retirar sua candidatura para compor uma chapa com o tucano José Serra. "Só se eles [PSDB] quiserem indicar o nosso vice", ironizou Quércia.

Da redação,
com informações das agências