Cuba acusa Israel de “terrorismo de Estado”

O governo de Cuba acusou Israel de “terrorismo de Estado” por seus ataques contra o Líbano, responsabilizando os Estados Unidos de serem o apoio econômico e militar de Tel Aviv e a União Européia de agir como “vassalos servis e cúmplices de Washington”.

“A responsabilidade desta selvagem agressão contra a população civil libanesa, que constitui um ato de terrorismo de Estado, é de quem apóia econômica e militarmente o agressor e de quem atua como vassalos servis e cúmplices”, afirma uma declaração da Chancelaria cubana.



“O governo americano, com seu veto, impediu o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de atuar. Sua pública e criminosa oposição à exigência de um cessar-fogo abortou outras iniciativas de paz. A União Européia, com raras exceções, serviu de cúmplice e aceitou as brandas declarações impostas pelo Império do outro lado de Atlântico”, diz a declaração.



“Em dias terríveis como estes, fica literalmente desnuda a política hipócrita e vergonhosa em termos de direitos humanos e de enfrentamento do terrorismo de quem cooperou e ainda cala sobre os seqüestros em outros países, as transferências secretas e as torturas de presos. São os mesmos que pisam no Direito Internacional Humanitário e participam no crime com seu silêncio e omissão”.



“Cuba exige que esta agressão covarde cesse imediatamente e pede à comunidade internacional que se mobilize para impor ao agressor um cessar-fogo imediato e incondicional”, conclui a declaração oficial



A atual crise de violência teve início após o seqüestro de dois soldados israelenses levado a cabo pelo Hezbolá, no último dia 12. A ação deixou ainda oito soldados e dois membros do Hezbolá mortos. Após 23 dias de combates, há cerca de mil mortos (900 deles no Líbano e cerca de 70 em Israel).