Fome ainda atinge 10% da América Latina, segundo a FAO

Durante videoconferência com a participação de representantes dos governos do Brasil, Peru, Chile, Guatemala e Bolívia, além de integrantes da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), foi lançado o programa América Latina e Caribe sem Fome. O programa da Organização das Nações Unidas (ONU) é um eventos comemorativos da Semana Mundial da Alimentação.

Segundo Tubino, a região “é a maior exportadora de alimentos do planeta”, produzindo por ano quatro vezes a quantidade necessária para alimentar a população de maneira adequada. Mas por problemas de distribuição, acrescentou, os alimentos não chegam aos habitantes.

“Pessoas em situação de risco de segurança alimentar, muitas vezes, são os próprios pequenos produtores, que não têm capacidade de suprir as necessidades básicas de suas famílias”, destacou.

Exemplo brasileiro
Tubino explicou que o programa América Latina e Caribe sem Fome foi inspirado no Fome Zero brasileiro, mas a execução será adaptada a cada país, com a ajuda não só dos governos, mas também da sociedade civil organizada e da iniciativa privada. Ele destacou como as principais propostas do programa melhorar o acesso aos alimentos, aumentar a produção e a produtividade da agricultura familiar, e promover políticas de segurança alimentar urbana.

Fortalecer a agricultura familiar para garantir a segurança alimentar e nutricional da população é o lema central da Semana da Alimentação, proposto pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), órgão ligado à Presidência da República. Até domingo (22), estão previstos mais de 200 eventos em todo o país para comemorar a Semana Mundial da Alimentação.