Nota da CUT-RS sobre a prorrogação do aumento do ICMS
Veja a nota da Central Única dos Trabalhadores frente à proposta de manutenção das alíquotas elevadas de ICMS no Estado pelo feita futuro governo de Yeda.
Publicado 28/12/2006 10:40 | Editado 04/03/2020 17:12
Mais uma vez, no apagar das luzes do ano, a sociedade gaúcha pode ser surpreendida negativamente por uma medida draconiana: a manutenção do aumento das alíquotas do ICMS sobre os serviços de telefonia e energia elétrica e sobre os combustíveis, cujo vencimento se dá no próximo dia 31 de dezembro.
A Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS) repudia qualquer possibilidade de prorrogação do aumento de alíquotas do imposto. Para a Central, a aprovação desta medida caracteriza um estelionato eleitoral, já que a governadora Yeda Crusius, do PSDB, se elegeu afirmando que não aumentaria tributos.
A draconiana medida não contribui para o desenvolvimento do Estado e muito menos para a geração de trabalho e renda, pois a manutenção do aumento mantém engessado o poder de consumo e, conseqüentemente, a baixa produtividade. Cada vez mais o Estado se torna incapaz de atuar como indutor de desenvolvimento.
Em nenhum momento a futura governadora ou mesmo alguém da sua equipe de governo propôs qualquer medida voltada a combater dois grandes males do nosso Estado: a sonegação e a guerra fiscal. A CUT-RS tem insistindo nos últimos anos na necessidade de se combater a sonegação e acabar com a guerra fiscal.
A CUT-RS também lamenta o fato de “o novo jeito de governar” manter a prática política de se penalizar a população mais pobre do nosso Estado. É sobre esse setor da população que recai, por exemplo, a elevação do valor do gás de cozinha. Ou será que a população mais carente terá de voltar a usar fogão à lenha?
Celso Woyciechwski
Presidente Estadual da CUT
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