Bloqueio dos EUA impede hotel de Oslo de receber cubanos

Um hotel da rede americana Hilton em Oslo negou recentemente a reserva de uma delegação de cubanos que participava de uma feira na capital norueguesa, devido ao bloqueio que os Estados Unidos mantêm sobre Cuba, segundo a edição desta segunda-feira (5/2) d

Um porta-voz do grupo hoteleiro disse ao jornal que todos os hotéis Hilton do mundo, por serem empresas norte-americanas, proíbem as reservas às delegações cubanas.



A subdiretora de comunicação do grupo, Linda Bain, disse ao jornal que permitir reservas de delegações cubanas poderia gerar à empresa “multas ou penas de prisão” e se alguma pessoa que trabalha para o Hilton entrar depois nos EUA, “seria detida”, acrescentou.



Os sindicatos noruegueses e organizações contra o racismo se queixaram das medidas do hotel e afirmaram que na “Noruega não se permite, por lei, a discriminação por razões de sexo, religião ou nacionalidade” e advertiram que é “inaceitável que os EUA ditem ordens para todo o mundo”.



O jornal afirma que esse caso de proibição é apenas um exemplo das medidas tomadas por empresas norte-americanas por causa do bloqueio imposto a Cuba pelos EUA.



Outros casos
No ano passado, o governo mexicano multou em quase 100 mil euros o hotel María Isabel, da rede americana Sheraton e situado na Cidade do México, por expulsar 16 clientes cubanos, lembra o jornal.



O banco americano Citibank bloqueou o pagamento do jornalista autônomo londrino Tom Fawthrop por uma reportagem no qual falava da situação da saúde em Cuba.



Ao ser perguntada sobre o pagamento do repórter, o Citibank respondeu: “Devido às sanções americanas, seu pagamento está retido pela seguinte razão: referência a médicos cubanos”.



No caso da organização Campanha de Solidariedade com Cuba, cuja sede fica no norte de Londres, a empresa americana de computadores Dell se negou a enviar-lhes um pedido de computadores e solicitou informação sobre seus fundos e o nome dos membros de sua diretoria.



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