Brasil discute entrada de Cuba no Grupo do Rio

Líderes da América Latina e do Caribe debatiam neste sábado, 3, questões de energia, infra-estrutura e de âmbito social na Cúpula do Grupo do Rio, realizada na Guiana, a poucos dias de uma visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, a país

Num encontro breve entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Felipe Calderón, do México; e Michelle Bachelet, do Chile; e o chanceler da Argentina, Jorge Taiana, que antecedeu as deliberações da cúpula, falou-se informalmente sobre a possibilidade de Cuba integrar o Grupo do Rio.


 


“Não há razão para isolar Cuba, mantendo o caráter de defesa da democracia”, disse a jornalistas o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.


 


Acesso aos mercados


 


Durante a reunião de cúpula do Grupo do Rio, o presidente Lula defendeu o esforço conjunto dos países pobres para assegurar maior acesso ao mercado global. Discurso do presidente lido pelo chanceler Celso Amorim ao final do encontro, destacou a importância da integração dos países da América Latina para a melhoria das condições de vida no continente.


 



O discurso ressaltou que é preciso construir pontes, estradas e gasodutos para ligar os países latino-americanos. “A integração física é um dos instrumentos para alcançar nossos objetivos”, dizia o texto, lido por Amorim porque Lula voltou para o Brasil antes do encerramento do encontro.


 



“No passado estivemos de costas uns para os outros, mas isso está mudando. Estamos criando uma malha de infra-estrutura fundamental para o crescimento econômico e para o bem-estar de nossos povos, especialmente em regiões menos favorecidas.”


 



Os países em desenvolvimento também devem se unir politicamente, recomendava o discurso, ressaltando os esforços pela consolidação da Comunidade Sul-Americana de Nações.


 



“Nela estamos adotando políticas estruturais que incluem ações de integração física e energética e de formação, capacitação e cooperação técnica em favor dos países menores. Essas iniciativas fortalecerão a competitividade, sobretudo, das economias menores.”


 


Haiti


 


O texto destacava ainda a presença de tropas brasileiras no Haiti: “Nossa presença regional no Haiti é emblemática da importância de fazer valer o nosso ponto de vista”. Diplomatas brasileiros disseram que o próprio governo haitiano pediu ao Brasil a manutenção dos militares no combate à violência no país caribenho.


 


A presença das tropas brasileiras no Haiti, no entanto, é criticada por setores das Forças Armadas e da oposição no Brasil. O discurso observou que o Haiti depende de recursos externos para voltar à normalidade social: “É fundamental o engajamento e a mobilização da comunidade internacional a fim de lograrmos a recuperação e a reconciliação do povo haitiano.”



Da redação,
com agências