Mulher, mercado de trabalho e protagonismo político

As mulheres são a maioria da população brasileira: 51,25% pelos números do último censo. Este fator já coloca em destaque a discussão sobre a inserção da mulher na sociedade, assim como os

Essa maioria cada vez mais se reflete na composição do mercado de trabalho, sendo que, já no censo de 2000, as mulheres ultrapassavam os 44,1% do mercado, especialmente alocadas no setor de serviços. No entanto, elas são as principais afetadas pela precarização do trabalho e em sua maioria não têm sequer registro em carteira.


 


Mesmo com avanços nos últimos anos, as desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho demonstram o quanto é arraigado o preconceito. As mulheres, ainda que tenham em média a escolaridade superior a dos homens, recebem 30% a menos que estes na ocupação de postos iguais. Além disso, a defasagem das mulheres ocupando cargos de chefia ainda é um obstáculo a ser enfrentado.


 


A mulher na política


 


As mulheres estão insuficientemente representadas do ponto de vista político: elas são apenas 46 entre os 513 deputados federais e 14 entre os senadores. Sem dúvida é muito pouco para quem é maioria da população.


 


 


Esta defasagem precisa ser combatida. A participação das mulheres na luta política é histórica, seja nos temas específicos da questão de gênero ou nas lutas progressistas de uma forma geral. E é preciso que a participação seja crescente e cada vez mais valorizada e politizada.


 


 


Neste sentido, o próximo 8 de março elevará o protagonismo da luta da mulher, especialmente à medida que se conjuguem as bandeiras emancipacionistas e a luta pela paz e contra o imperialismo – temas, aliás, intimamente ligados.


 


 


A visita ao Brasil de George W. Bush, o senhor da guerra, terá forte componente simbólico. A luta das mulheres neste 8 de março, cujo tema é “Feministas em luta para mudar o mundo – Por igualdade, liberdade, e autonomia”, terá lugar de destaque também na luta geral dos povos pela paz. A responsabilidade de todo o movimento progressista, em especial o feminista, é dizer em alto e bom som: Somos pela Paz, repudiamos a Guerra! Fora Bush!


 


Gilda Almeida, vice-presidente da CUT/SP