Mulher, mercado de trabalho e protagonismo político
As mulheres são a maioria da população brasileira: 51,25% pelos números do último censo. Este fator já coloca em destaque a discussão sobre a inserção da mulher na sociedade, assim como os
Publicado 06/03/2007 12:34 | Editado 04/03/2020 17:19
Essa maioria cada vez mais se reflete na composição do mercado de trabalho, sendo que, já no censo de 2000, as mulheres ultrapassavam os 44,1% do mercado, especialmente alocadas no setor de serviços. No entanto, elas são as principais afetadas pela precarização do trabalho e em sua maioria não têm sequer registro em carteira.
Mesmo com avanços nos últimos anos, as desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho demonstram o quanto é arraigado o preconceito. As mulheres, ainda que tenham em média a escolaridade superior a dos homens, recebem 30% a menos que estes na ocupação de postos iguais. Além disso, a defasagem das mulheres ocupando cargos de chefia ainda é um obstáculo a ser enfrentado.
A mulher na política
As mulheres estão insuficientemente representadas do ponto de vista político: elas são apenas 46 entre os 513 deputados federais e 14 entre os senadores. Sem dúvida é muito pouco para quem é maioria da população.
Esta defasagem precisa ser combatida. A participação das mulheres na luta política é histórica, seja nos temas específicos da questão de gênero ou nas lutas progressistas de uma forma geral. E é preciso que a participação seja crescente e cada vez mais valorizada e politizada.
Neste sentido, o próximo 8 de março elevará o protagonismo da luta da mulher, especialmente à medida que se conjuguem as bandeiras emancipacionistas e a luta pela paz e contra o imperialismo – temas, aliás, intimamente ligados.
A visita ao Brasil de George W. Bush, o senhor da guerra, terá forte componente simbólico. A luta das mulheres neste 8 de março, cujo tema é “Feministas em luta para mudar o mundo – Por igualdade, liberdade, e autonomia”, terá lugar de destaque também na luta geral dos povos pela paz. A responsabilidade de todo o movimento progressista, em especial o feminista, é dizer em alto e bom som: Somos pela Paz, repudiamos a Guerra! Fora Bush!
Gilda Almeida, vice-presidente da CUT/SP