Ouvidoria investigará ação truculenta da PM na Manifestação

A Ouvidoria da Polícia de São Paulo deve investigar se policiais agiram com excesso no confronto com manifestantes na avenida Paulista que protestavam contra a visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, a São Paulo.

Policiais da Força Tática que atuaram no acompanhamento da manifestação utilizaram gás lacrimogêneo, balas de borracha e gás pimenta contra os manifestantes. A principal denúncia das entidades e partidos que organizaram o ato foi a forma excessiva do uso da força e a maneira descontrolada da ação. Outra denúncia dos manifestantes agredidos foi a não utlização das identificações dos policiais.
 


Gustavo Petta, presidente da UNE, foi um dos agredidos quando tentava afastar os manifestantes da confusão. “O que aconteceu foi a polícia, de maneira despreparada, atacou todo mundo que veio pela frente, com bombas, gás de pimenta, agredindo manifestantes que inclusive estavam tentando separar o conflito”, diz o presidente da UNE. Petta teve corte nas costas e braços provocado por estilhaços de bomba.
  


De acordo com o coronel Ailton Brandão Araújo, comandante do policiamento na região central de São Paulo, a ação será avaliada pela PM e um inquérito poderá ser instaurado.”O que aconteceu aqui não é regra. Tentamos controlar. Vamos relacionar todos os feridos e verificar se houve excessos”, afirmou o comandante.



A assessoria de imprensa da Ouvidoria da Polícia de São Paulo informou ao Vermelho que será aberto um procedimento sobre as atividades da ação da polícia militar para investigar possíveis abusos, irregularidades legais na ação e quantidade do efetivo da PM.



A manifestação contou com cerca de 20 mil participantes, segundo as entidades organizadoras. No confronto, embora com números ainda inconclusos, cerca de 23 pessoas ficaram feridas na ação militar.