Indígenas apresentam reivindicações ao prefeito de Manaus

Representantes de diversos movimentos indígenas encaminharam uma série de reivindicações ao prefeito Serafim Corrêa (PSB/AM) para traçar uma política pública mais eficiente para os índios que moram na capital. O encontro, nesta terça-feira (10/04), f

Em 23 itens, as lideranças indígenas apresentaram os principais problemas enfrentados pela classe como a questão da saúde, educação, cultura e, sobretudo, a falta de uma voz ativa junto à Prefeitura de Manaus. “As coordenadorias indígenas de algumas secretarias não funcionam como deveriam, desenvolvendo políticas específicas para a nossa classe. Mas acreditamos que podemos mudar isso”, afirmou o cacique Luís Saterê, da Associação Waiqyhu.


 


Na área de saúde, os índios pediram programas que levem em conta as peculiaridades culturais de cada povo. “Muitos dos nossos têm vergonha de ir ao médico. É preciso entender isso para tratar da saúde, convencer. Temos muitos agentes indígenas de saúde que sabem como tratar nossa gente. O que falta é apoio para que continuem trabalhando”, informou o cacique.


 


A artesã Maria do Carmo pediu ao prefeito providências para combater a venda de CDs piratas na rua Tenreiro Aranha, no centro de Manaus, já que a atividade atrapalha a venda do artesanato indígena. Serafim explicou que a Prefeitura não pode interferir diretamente, pois a repressão da venda é feita pela Polícia Federal, mas a administração municipal está atenta ao problema e colabora no que é possível com a PF.


 


Na área de educação, as lideranças pediram que seja estudada a possibilidade de adequar os currículos escolares às diversas etnias, ajudando a preservar a cultura de cada povo. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Semdih, através de sua coordenadoria, vai atuar mais ativamente na interlocução entre índios e prefeitura.


 


O prefeito de Manaus, Serafim Corrêa, informou que as reivindicações serão encaminhadas a cada secretaria e destacou a articulação do vereador Marcelo Ramos junto aos indígenas. “O Marcelo vai ser o elo, a partir de agora, entre o poder público municipal e os índios. Quero que ele acompanhe de perto o andamento das questões apresentadas aqui e seja o nosso cobrador”, disse Serafim.


 



De Manaus,
Alethéa Morel