Manifestações marcam o Dia de Mobilização contra a emenda 3 no Rio

No centro do Rio, os bancários pararam as agências da Avenida Rio Branco até as 11 horas. Os metalúrgicos fizeram manifestação de 5 às 7 horas, na porta da fábrica de lâmpadas GE, em Maria da Graça. Também os funcionários da Cedae realizaram manifestação pela manhã, na unidade da empresa, em Campo Grande. Os petroleiros do Norte Fluminense atrasaram a entrada no trabalho nas 42 plataformas da região e realizaram operação-padrão no embarque dos aeroportos para as plataformas.

Foram realizadas ainda mais duas manifestações da CUT e seus sindicatos no dia 10: uma, ao meio-dia, no Largo dos Bancários e outra na Central do Brasil. Ambas com a participação de trabalhadores de várias categorias, entre elas bancários, petroleiros, metalúrgicos, químicos, telefônicos e professores.

Caso aconteça da Câmara dos Deputados derrubar o veto à emenda 3, as centrais sindicais poderão convocar uma greve nacional para que o mesmo não se repita no Senado.

Emenda retira direitos

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio, “pela emenda os fiscais do Ministério do Trabalho não poderão punir empresas que praticam as seguintes fraudes contra os trabalhadores: não assinam a carteira dos seus funcionários; obrigam estes a emitir nota fiscal, como se fossem empresas prestadoras de serviços, e não trabalhadores que dão expediente todo dia e estão sujeitos a regras e disciplinas típicas de quem é contratado através da carteira de trabalho; a empresa não paga o salário se o funcionário não emitir nota fiscal; se o trabalhador acha ruim, é dispensado”.

Para o Sindicato dos Bancários do Rio, “a emenda 3 acaba com a garantia de direitos fundamentais como a assinatura da carteira de trabalho, a Convenção Coletiva dos Bancários e o pagamento do 13º salário, FGTS, férias remuneradas e PLR”.