Fecosul entrega pauta de reivindicações à Fecomércio

Após o lançamento da campanha salarial, dia 17/04, os dirigentes da Federação e Sindicatos dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS foram até a sede da Fecomércio para entregar a pauta de reivindicações para o dissídio deste ano. A categoria

Outras questões que preocupam os dirigentes são a alta rotatividade, que atingiu índices alarmantes e tem servido de instrumento de arrocho salarial dos comerciários. Diante desta realidade o presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, apresentou uma pauta resumida das principais questões a serem discutidas. Entre elas estão: reajuste salarial de 22,06% ,  referente ao crescimento do comércio no RS de 8,06% em 2006 e 12,4% equivalente a diferença dos salários dos admitidos em relação aos demitidos em 2006; antecipação semestral do INPC;fixação do salário mínimo profissional da categoria em R$ 532,00; redução da jornada de trabalho sem redução de salário, sendo 40horas para o conjunto da categoria e 36 para caixas e serviços de digitação; fim do banco de horas; regularização dos estágios no setor do comércio; trabalho aos domingos condicionado a celebração de convenção coletiva; auxílio creche de 20% do piso para todas as empregadas. Estas são algumas das questões mais importantes da agenda composta de 75 cláusulas, que já foram remetidas às entidades patronais.


 


A Fecomércio estava representada pelos vices-presidentes Moacyr Schukster e Luiz Caldas Milano, e pelo assessor jurídico, Antônio Barreto. Eles admitiram que a perspectiva deste ano é de que o crescimento do PIB no Estado seja maior que o do País. Ao mesmo tempo frisou que o empresário vive de lucro. 


 


No entanto, Vidor foi incisivo ao afirmar que a Fecosul e os Sindicatos estão dispostos a enfrentar as questões apresentadas e lutar pela valorização do comerciário, representado pelo sorriso que é seu principal instrumento de trabalho no dia-a-dia. O presidente da Federação também chamou atenção para os ataques que as grandes redes estão fazendo aos direitos trabalhistas como alteração de contratos, que atingem as comissões dos vendedores e reduzem os salários em até 40%. “Isto está causando grande indignação dos trabalhadores e nós estamos dispostos a lutar como for preciso para que estas questões se resolvam sem prejuízo aos comerciários”, garantiu Vidor.


 


E o secretário-geral da Fecosul, Moacir Sales, completou dizendo que os comerciários estão sendo massacrados pelas condições de trabalho, e que a redução das comissões é tirar o pão da mesa do trabalhador.


 



De Porto Alegre
Márcia Carvalho