Audiência pública defende valorização do piso regional
Sindicatos pressionam os deputados gaúchos para barrarem a proposta do governo que aumenta em 3,3% o piso do salário mínimo regional. Centrais sindicais e representantes de federações e sindicatos realizam uma audiência pública na Assembléia Legislativ
Publicado 18/05/2007 23:49 | Editado 04/03/2020 17:12
Celso Woyciechowski, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio Grande do Sul, afirma que os sindicalistas querem construir, junto com os deputados, uma proposta que recupere o poder de compra do piso regional. Em maio de 2006, o piso aumentou 8,35%, mas boa parte do reajuste foi para compensar as perdas e a inflação do período.
“Portanto, vamos construir propostas alternativas para que possamos ter uma recuperação do poder de compra do piso regional, nem que seja em dois, três anos”, afirma.
As centrais sindicais querem um reajuste de 19,86%, respeitando a proporcionalidade original entre o piso e o salário mínimo. De acordo com Celso, da CUT, esse aumento conseguiria recuperar o valor real de quando o piso foi criado, em 2001, e custava 1,28 salários mínimos. Já o governo do Estado propõe um aumento de apenas 3,3%, alegando a falta de dinheiro do Estado.
“É uma proposta que não condiz com a necessidade, a realidade dos trabalhadores. E também é insuficiente para que o Estado possa retomar o processo de desenvolvimento. Nós achamos que é uma proposta extremamente acanhada, para não dizer provocativa, que não condiz com a nossa situação”, diz.
Os sindicalistas também defendem alterações nas faixas salariais. O piso salarial regional foi instituído em 2001 e contempla as categorias de trabalhadores que não possuem piso definido em lei federal, convenção coletiva ou acordo coletivo. Os sindicatos defendem que ele serve para aumentar a renda das classes baixas. A faixa de menor valor é de R$ 405,95.
Agência Chasque