1ª etapa da Campanha contra a Febre Aftosa entra na última semana
A 1ª etapa de 2007 da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa no Amazonas entra em sua semana decisiva. As equipes do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam) e da Comissão Executiva
Publicado 29/05/2007 11:31 | Editado 04/03/2020 16:13
Até o momento, os municípios de Atalaia do Norte, Tapauá, Tabatinga, Uarini, Barcelos, Anamã e Novo Airão já finalizaram as ações da campanha. Em municípios com rebanhos de maior representatividade, como Boca do Acre, Parintins e Guajará, os trabalhos de vacinação deverão ser concluídos esta semana.
Segundo o gerente de desenvolvimento da cadeia produtiva animal do Idam, Sebastião Mendonça, a campanha está caminhando dentro do previsto e até o próximo dia 31 todos os municípios já deverão ter encaminhado as planilhas com os resultados finais ao Idam. Ele ainda pede que os pecuaristas fiquem atentos aos prazos de vacinação, a fim de evitar sanções e multas previstas na Lei Estadual de Defesa Sanitária Animal.
“Além de multa que chega a R$ 40 por cabeça de gado sem vacinação, os pecuaristas podem ter suas propriedades interditadas e a proibição da comercialização dos animais e seus subprodutos”, avisa Mendonça.
O prazo para os pecuaristas declararem a vacinação do rebanho junto aos escritórios locais do Idam vai até o dia 15 de junho. Além dos recibos das vacinas adquiridas, eles deverão levar às unidades o formulário preenchido com as informações dos animais vacinados e as características das propriedades. Após a notificação da vacinação, os pecuaristas receberão o Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que certifica o trânsito e a procedência dos rebanhos animais no Estado.
Prejuízo bilionário
A preocupação com a erradicação da Febre Aftosa no Estado encontra na questão econômica sua principal fundamentação. Caso ocorra foco da doença em alguma parte do território brasileiro, todo o país fica impedido de comercializar e exportar carne, o que causaria prejuízos de aproximadamente R$ 12 bilhões.
O último foco da doença no Amazonas foi registrado em agosto de 2004, no município de Careiro da Várzea. Na época, o governo estadual contava com equipe técnica reduzida e ofereceu cobertura vacinal apenas de 60%. Hoje, o governo conta com escritórios do Idam em todos os 62 municípios e possui cobertura vacinal consolidada superior à média nacional, entre 93% e 95%. Por esses motivos, as perspectivas de sucesso para a campanha são as melhores possíveis.
“Nos últimos dois anos conseguimos índices de vacinação extremamente positivos, principalmente pela dedicação dos nossos profissionais do Idam e da Codesav e da conscientização crescente do produtor”, destaca Alexandre Henrique, diretor-presidente da Codesav. “É com esse espírito que vamos iniciar mais uma etapa de vacinação a fim de proteger o nosso rebanho e garantir produtos animais saudáveis e de qualidade à população”, concluiu.
De Manaus,
Mariane Cruz