Alckmin volta dos EUA com crítica a Lula e agenda da direita

Alckmin foi no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo),  por cerca de 80 simpatizantes. A maior parte era formada por moradores da cidade de Guarulhos, que seguravam faixas e cartazes. Havia também um exército de jornalistas, a quem o recém-chegado deu uma improvisada entrevista coletiva, depois de algum empurra-empurra.

Alckmin  regressou de quatro meses de “estudo sabático” na Universidade de Havard, em Massachusetts, EUA. Nesse intervalo manteve-se afastado da luta interna recente no PSDB, dividido entre os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) para candidatos presidenciais em 2010.

O ex-governadsor fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo na sua primeira declaração: “Depois de meio ano fora do Brasil as coisas não mudaram. Mais um escândalo de corrupção, 37 ministérios, governo parado e o Lula viajando. Meio ano depois, tudo se repete. O Lula ganhou um novo mandato, mas o Brasil não ganhou um novo governo. Já se passaram seis meses e nenhuma reforma, seja a política, trabalhista, tributária ou a continuação da previdenciária andou”, atacou, hasteando as bandeiras da ortodoxia neoliberal.

Sobre seu futuro político, porém, Alckmin foi evasivo. “Ainda é muito cedo para discutir isso; a eleição está longe e vamos avaliar o melhor momento para conversar sobre o assunto. Além do mais, não estou pensando em cargos. Não tenho nenhuma preocupação com cargo. Nenhuma, nenhuma. Não preciso ter cargo público e nem no partido. Acho que é fundamental para o Brasil ter uma boa oposição”, asseverou. Outro argumento usado foi que “estamos em ano ímpar e eleição é em ano par”.

Sobre seu futuro imediato, disse que “vou voltar em caravana aos 27 Estados brasileiros e ao Distrito Federal (sic) para agradecer os quase 40 milhões de votos nas eleições. Me sinto com bastante ânimo e pronto para trabalhar como um soldado do partido”, disse.

Da redação, com agências