PF desmonta quadrilha envolvida com tráfico e caça-níqueis

Iniciada na manhã desta segunda-feira (4) para prender um grupo de policiais acusados de corrupção e cinco quadrilhas supostamente ligadas à máfia dos caça-níqueis, a chamada Operação Xeque-Mate, da PF (Polícia Federal), já prendeu 77 pessoas. Os números

A Polícia Federal desencadeou na manhã de hoje, 04 de junho, a operação Xeque-mate, resultado de dois inquéritos policiais que foram conduzidos pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Fazendários da Superintendência Regional da Polícia Federal no Mato Grosso do Sul. A ação tem como objetivo cumprir Mandados de Busca e Apreensão e Mandados de Prisão Temporária contra envolvidos em crimes como contrabando, corrupção e tráfico de drogas.


 


Contando com a participação de 600 policiais federais, os mandados serão cumpridos nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais.


 


Durante as investigações surgiram “alvos” comuns nos dois inquéritos e suas ações coincidiam nos atos criminosos dos grupos ligados à “máfia dos caça-níqueis”. O primeiro inquérito policial tinha por objetivo apurar a prática de contrabando e descaminho de componentes eletrônicos para a utilização em máquinas caça-níqueis. Investigaram-se as atividades ilícitas de cinco organizações criminosas que agiam nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rondônia, atuando na importação ilegal de componentes eletrônicos, na exploração ilegal de jogos de azar e na corrupção de agentes públicos, principalmente policiais. Constatou-se a prática de crimes de contrabando e descaminho, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, formação de quadrilha, tráfico de influência e exploração de prestígio.


 


O segundo inquérito policial visava apurar a corrupção de policiais civis e seu possível envolvimento com tráfico de drogas no estado do Mato Grosso do Sul, mais especificamente no município de Três Lagoas/MS. Nas investigações constatou-se que sete policiais civis de Três Lagoas/MS praticaram crime de corrupção passiva (cobrança e recebimento de “propinas” de criminosos), bem como o envolvimento destes policiais em outras modalidades criminosas, tais como comércio ilegal de armas de fogo e tortura. Os investigadores acompanharam ainda a ação de estelionatários, de uma quadrilha especializada no furto e desmanche de caminhonetes, além da ação de grupos criminosos que exploram o jogo de azar por meio de máquinas caça-níqueis na região de Três Lagoas/MS e no interior do estado de São Paulo. Esses “quadrilheiros” pagavam propina aos policiais civis para continuarem agindo impunemente na região. Entre os crimes praticados estavam estelionato, tráfico de influência, exploração de prestígio, extorsão, receptação, contrabando e descaminho, usura, entre outros.


 


O nome da operação se dá em alusão ao combate da exploração ilegal de jogos de azar no Brasil. O trabalho é considerado um duro golpe às quadrilhas investigadas, como se fosse um “xeque-mate” contra aqueles que exploram o jogo ilegal.



Fonte: Ass. Com.