Termina o desconto nos taxis da região metropolitana de BH

Promoções que liberavam também a bandeira 2 de segunda a quinta-feira chegam ao fim. BHTrans vai manter propaganda sobre benefício para quem tem mais de 65 anos

    O que era bom durou pouco. Desde ontem, os 100 mil passageiros que usam o serviço de táxi em Belo Horizonte, Contagem, Ibirité e Ribeirão das Neves todos os dias não têm mais os descontos de até 20% nas corridas, anunciados pelas prefeituras em fevereiro. A portaria que regulamentava a promoção caducou, o que desobriga os taxistas de fazer os abatimentos.


 


    A partir de agora, caberá a cada motorista de praça decidir se mantém ou não o benefício. A BHTrans, empresa que regulamenta o trânsito e o transporte na capital, informa que fará reunião, dia 14, para debater a continuidade da política. Os resultados serão analisados com base em uma pesquisa.


 


    Os descontos foram anunciados pelo prefeito Fernando Pimentel (PT), poucos dias depois do reajuste de 10% na tabela do serviço, com o objetivo de aumentar a demanda. Na ocasião, ele evitou dizer que se tratava de uma compensação. Passageiros com mais de 65 anos pagavam 10% menos nas corridas, mediante a apresentação da carteira de identidade. De segunda a quinta-feira, a bandeira 2, regime de cobrança entre as 22h e as 6h, foi abolida. Para informar a população, foi feita campanha em folhetos, outdoors e gradis.


 


    Nos próximos dias, a BHTrans vai analisar os resultados da iniciativa. Uma pesquisa com taxistas e passageiros coletou opiniões e estatísticas sobre a promoção. No dia 14, os dados vão ser levados ao fórum da categoria, que reúne taxistas e representantes da prefeitura, para que eles decidam sobre a continuidade.


 


     Até lá, a BHTrans manterá a propaganda nas ruas. As peças informam, em letras de três centímetros, que a promoção foi válida apenas até o dia 4 deste mês. O presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos (Sincavir), Dirceu Efigênio Reis, acredita que os descontos para idosos deram certo, mas não o fim da bandeira noturna. “Creio que entre as 22h e as 6h, a demanda é fixa e o número de corridas não deve ter aumentado muito. Além disso, a maioria dos taxistas que trabalha nesse horário paga diária e muitos reclamaram que houve perda de receita”, comenta.


 


Fonte; Jornal Estado de Minas