Minas, Rio, Bahia… estudantes vão à luta nesta quarta
UNE vai realizar mais protestos em diversas universidades públicas; até o momento 4 instituições estão ocupadas – UFPR, UFPE, UFRGS, UFGD. Os estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, prometem novos protestos para est
Publicado 06/06/2007 11:15
Eles ocuparam na quarta-feira passada o prédio da reitoria e deixaram o local na sexta, logo após conseguirem avanços importantes na negociação, como a ampliação do restaurante e da moradia universitária e o cancelamento do processo de venda de um prédio da universidade onde funcionam projetos sociais. Outra conquista do movimento da UFSM foi a conversão das bolsas em trabalho, em bolsas de pesquisa.
Para o diretor da UNE no estado, Igor de Bearzi, a ocupação foi uma vitória para o movimento estudantil. “Nesta quarta vamos continuar afirmando a nossa pauta, porque alguns pontos ainda não ficaram definidos de forma objetiva”, diz.
A concentração será ao meio dia, na frente do saguão da União Universitária. Haverá uma assembléia com os estudantes para que o DCE apresente os resultados pós-ocupação. “Continuamos mobilizados. Recebemos denuncias de ierregularidades na fundação. Queremos a apuração do caso”, explica.
Rio de Janeiro
Os cariocas vão se concentrar em frente à reitoria da Universidade Federal a partir das 9h. Na UFRJ, uma das bandeiras do DCE é a luta pela implantação do bandejão. A instituição não possui nenhum tipo de restaurante universitário e as obras para a construção de um futuro bandejão ainda não ficaram prontas. O que acontece por lá são as privatizações de muitos espaços do campus transformados em refeitórios particulares.
“São locais caros, inacessíveis para os estudantes de baixa renda. Isso segue a linha neoliberal de um processo de privatização de muitos serviços dentro da universidades”, critica a coordenadora do DCE, Flávia Cale. “Vamos cobrara a aceleração das obras do bandejão”, completa.
Ela informa que um dos protestos poderá acontecer dentro do restaurante privado do Instituto de Letras. “Nossa idéia é fazer uma ato pacífico e bem humorado lá dentro. Somos contra este tipo de serviço. Queremos bandejão barato e de qualidade para todos”, diz.
Flávia explica que as manifestações desta quarta servirão também para chamar a atenção da direção da UFRJ para a urgente necessidade de uma reforma na moradia estudantil, “principalmente na parte elétrica”, que está danificada e traz certo perigo para os moradores.
Minas Gerais
Um abraço simbólico no prédio do Hospital das Clínicas deve marcar o Dia de Mobilização na UFMG. Os estudantes vão incorporar suas pautas à dos Técnicos Administrativos da instituição, que decretaram greve contra a perda de direitos salariais a que estão ameaçados.
O diretor do DCE, Wagner Sena, conta que haverá uma assembléia dos técnicos e que os alunos vão participar. Depois, haverá um ato público, seguido do abraço ao HC. “Vamos apresentar as nossas reivindicações, que contemplam a assistência estudantil e mais recursos para a educação”, diz.
Outros estados
A UNE também vai organizar protestos em Goiás, Bahia, Pará, Santa Catarina, Amazonas e Brasília. Os alunos das universidades públicas promoverão piquetes, apitaços, passeatas e paralisações.