Trabalhadores pernambucanos em estado de greve

Os trabalhadores em educação da rede privada decretaram estado de greve. A decisão foi tomada no último dia 31 de maio durante a Assembléia Geral da categoria. Além destes, também seguem em greve os professores da

O Sindicato dos Professores de Pernambuco (Simpro) informou que 80% das escolas da rede privada aderiram à greve. No último dia 06, os piquetes começaram às 6h30 e percorreram os colégios Damas, Agnes, Maria Auxiliadora, Vera Cruz e Marista São Luís, um dos maiores da capital, que permanece fechado. No interior de Pernambuco, a adesão das escolas ao movimento também foi representativa durante assembléia realizada anteontem. O Sinpro quer reajuste salarial de 7% e os donos de escolas propõem 4%.


 


Os professores programaram para esta quinta-feira, um ato público no Centro do Recife. A concentração será no Instituto de Educação de Pernambuco (IEP), em Santo Amaro. De lá, todas as categorias de trabalhadores em educação em greve seguem na caminhada até o Palácio do Campo das Princesas.


 


O objetivo da mobilização é debater e encontrar estratégia para alcançar a valorização profissional dos trabalhadores da educação e melhorar a qualidade da educação pública.


 


Já os professores, aposentados e funcionários administrativos do Estado entregaram no Palácio do Governo e secretarias de Administração e Educação, um documento solicitando a retomada das negociações sobre as reivindicações, mas não houve resposta. Uma próxima Assembléia está prevista para logo mais, às 14h, na quadra do Complexo IEP, e define a instalação da greve para a categoria.


 


Os metroviários também se encontram em greve, deflagrada hoje, oficialmente. No total, cerca de 180 mil usuários do metrô estão sendo prejudicados, já que mais de 50% do efetivo de manutenção, operacionalização e administrativo aderiram à paralisação.


 


De acordo com José Inocêncio, presidente do Sindicato dos Metroviários, a greve só não tem mais força porque a Metrorec – Empresa federal responsável pelo metrô – construiu uma espécie de sistema emergencial anti-greve, que permite, um funcionamento parcial dos trens utilizando de substituição de pessoal. ”Quando há greve eles utilizam um plano B e colocam parte do administrativo para os outros setores. Isso nos obriga a tentar entrar em um acordo com mais pressa. Mas as propostas do Metrô nós não temos interesse”, disse ele, referindo-se a sugestão de acordo de 3% de reajuste salarial ou 5,4%, caso seja assinado bi-anualmente.


 


Os Metroviários querem 15% de reajuste, aumento do ticket refeição, regularização no plano de cargos e salários – responsável pela projeção do plano de carreira dos funcionários – e incorporação do plano de saúde ao salário oficial.


 


Do Recife,
Manuella Bezerra de Melo