Evo pede humanização da economia em cúpula da CAN

O presidente boliviano Evo Morales inaugurou nesta quinta-feira (14) a cúpula da Comunidade das Nações Andinas (CAN) em Tarija, no sul da Bolívia, com pedidos de humanização das relações econômicas internacionais, fortalecimento da luta contra o imperiali

Da reunião participam, junto com o anfitrião boliviano, os presidentes Alvaro Uribe, da Colômbia, Michelle Bachelet, do Chile, Rafael Correa do Equador, e Alan García, do Peru.



Os governantes analisam uma agenda com 18 itens, que tem como tema central o início da negociação para um acordo de associação com a União Européia, cuja representação é feita pelo espanhol Tomás Duplá.



A Cúpula Andina marca também a reincorporação do Chile como país-membro, depois dele ter se mantido afastado por mais de 30 anos do grupo, do qual foi um dos países fundadores junto com outras quatro nações.



A presidente Bachelet afirmou que seu país “nunca devia ter se retirado” da organização, durante o discurso inicial da primeira sessão de trabalho, reunida imediatamente depois da inauguração da cúpula.



“Quero expressar a todo vocês meu reconhecimento por esta decisão que permite o retorno do Chile a esta organização e que nós vamos honrar com nosso trabalho e nosso desejo de integração”, disse Bachelet.



Esperança mundial



Durante o ato de abertura da cúpula, Evo recordou que “a região andina, latino-americana, continua sendo a esperança de todo mundo. Não apenas esperança para setores marginalizados, excluídos historicamente porque constitui a reserva da humanidade em recursos, conhecimento e sobretudo em valores e princípios”.



O presidente destacou que o princípio da solidariedade deve ser fundamental “para garantir a integração” e as futuras negociações com a União Européia para estabelecer “uma relação justa de comércio”, pois “o comércio selvagem não pode ser maior do que as necessidades do ser humano”.



“A relação comercial, não deve ter como objetivo a privatização dos recursos naturais, como a água e os hidrocarbonetos. A vida não pode ser transformada em mercadoria”, afirmou ao citar inclusive a possibilidade da realização de um referendo regional nos países andinos “para consultar se o povo está de acordo com esse tipo de acordo comercial”.



Fonte: Ansa Latina