Militares continuam assassinando inocentes na Colômbia

A Associação Camponesa de Arauca denuncia o fuzilamento indiscriminado e o bombardeio de povoados por parte do Exército Colombiano, além da constante pulverização com glifosato dos cultivos camponeses. O motivo é a descoberta de petróleo na região, o q

Novamente a violência militar ou paramilitar se abate sobre os camponeses colombianos. No início da semana dois soldados dispararam contra civis indefesos, massacrando seis pessoas, entre elas um menino de nove anos. O crime ocorreu depois que os militares entraram em uma festa de estudantes, onde protagonizaram uma provocação que terminou em massacre. Esse novo ato de sangue foi realizado pelos militares no departamento de Caquetá, no sul da Colômbia.



Diante disso, a Associação Camponesa de Arauca, organização defensora dos direitos humanos e do desenvolvimento auto-sustentável, denunciou e alertou a comunidade nacional e internacional que a política de ''segurança democrática'' continua aplicando o terror indiscriminado contra o departamento de Arauca e suas comunidades, intensificando-o desde o mês de outubro de 2006 com fuzilamentos e bombardeios contra algumas jurisdições dos municípios de Tame e Arauquita.



Isso tem resultado em prejuízo ao meio ambiente, à economia camponesa e às comunidades, danificando escolas e moradias da região. As operações que são desenvolvidas no departamento de Arauca são acompanhadas de ocupação ilegal de moradias, escolas, igrejas, entre outros bens civis, ao mesmo tempo em que se fotografa, filma e registra arbitrariamente a população, por parte de efetivo da força pública.



Na última semana de maio, nos bairros do município de Arauquita, agentes do DAS, a Polícia e o Exército desenvolveram operações de censo, registro e controle nas moradias de alguns habitantes, com o suposto argumento de verificar se as pessoas inscritas na Registradoria do Estado Civil moravam ali.



Nos dias 2 e 3 de junho, foram detidas ilegalmente e privadas de sua liberdade sete pessoas honestas e trabalhadoras, cujo único delito é prestar serviço à comunidade. Em Arauquita, foi detido o comerciante de prestígio Jorge Soler e, com ele, José López e Robinson Alvarez. Na inspeção de Aguachica (município de Arauquita) foi preso o presidente da Junta de Ação Pública, Obdulio Rincón, assim como também Segundo Mosquera. Na travessa Santa Clara do mesmo município, foi detido o camponês Aexander Galvis Moreno.



''Uma vez que exigimos a imediata liberdade dos detidos, por serem pessoas de bem, convidamos as forças vivas do departamento de Arauca a formar filas na defesa da vida, da liberdade e dos direitos fundamentais'', dizem os camponeses de Arauca em comunidade, pois ''está em voga a detenção de cidadãos indefesos e líderes sociais que são julgados, sob acusação de rebelião, para depois fazê-los passar como desmobilizados da guerrilha que se recorre para obter sua liberdade''.



Fonte: Agência Adital