Marta diz que só disputa eleição em 2010, mas sua ação em SP dá mostras contrárias
A ministra do Turismo, Marta Suplicy, reinterou sua disposição de disputar cargos públicos apenas em 2010, mas suas ações em São Paulo oferecem outra interpretação.
Publicado 20/06/2007 16:18 | Editado 04/03/2020 17:19
No início desta semana Marta Suplicy visitou o atual prefeito Gilberto Kassab para discutir demandas da capital na área do Turismo, tais como a ampliação do Centro de Convenções do Anhembi (Zona Norte). Em entrevista coletia, ao lado do prefeito, afirmou que sua disposição é a disputa ao governo do Estado. Ontem, em Santo André, reunida com os prefeitos do ABC, anunciou investimentos na ordem de R$ 400 mil para o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Marta recebeu reivindicações, como o projeto da capital do Automóvel, em São Bernardo do Campo.
Ao mesmo tempo em que afirmou a decisão de permanecer frente ao Ministério do Turismo, Marta disse que por enquanto não há exigência do PT para que ela dispute as eleições de 2008. Os petistas apostam na candidatura da vice-prefeita para voltar à administração de São Paulo, a maior cidade do Brasil.
Em recente pesquisa não publicada, o Ibope identificou empate entre os nomes de Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), com 35% de intenções de votos, há um ano e meio do pleito.
Marta faz um movimento paradoxal, ao mesmo tempo em que precisa negar sua pré-candidatura para não se enfraquecer perante o governo federal, concentra todas suas principais ações na região metropolitana de São Paulo.
A análise política de alguns líderes petistas, principalmente os ligados à ministra, é que a única chance do PT retomar a administração da capital paulista é com a sua candidatura. Outro raciocínio importante é a de que a não presença de Marta abre a oportunidade de outros nomes, como o do senador Aloísio Mercadante, pleitear a disputa municipal, procurando se reposicionar da derrota sofrida na eleição passada e fazer frente aos movimentos futuros do grupo martista. Trata-se neste caso, das ondições da disputa interna do PT.
a insistente negativa da candidatura de Marta também se deve ao tempo político, momento em que nenhum nome está se posicionando afirmativamente no tabuleiro eleitoral. Porém, já são intensas as articulações políticas internas dos principais partidos e candidatos na capital paulista.
Rodrigo de Carvalho, pelo Vermelho-SP