Aprovado por 85%, Rafael Correa completa seis meses no poder

O presidente do Equador, Rafael Correa, completa seis meses de governo neste domingo (15) com índices de aprovação na faixa de 85%. Segundo ele, o país “está entrando em uma verdadeira democracia” desde sua ascensão ao cargo, em 15 de janeiro deste ano. A

''Estamos lutando para mudar o modelo econômico do neoliberalismo — desse modelo social e econômico que nos impuseram nos últimos 20 anos na América Latina'', disse Correa. Depois dos primeiros seis meses de seu governo, ele vê o país mais coeso. ''Esse governo está rompendo recordes históricos de apoio popular que superam 85%, com uma legitimidade que acreditamos significar coesão social'', disse.


 


Correa declarou que seu governo enfrenta ''uma luta muito dura com essa coesão social e com esse recurso humano e com um modelo adequado com políticas adequadas e dirigentes adequados''. Sustentou que essa luta tem o objetivo de ''fazer de nosso país o que sempre deveria ter sido — uma pátria próspera, onde a gente possa encontrar trabalho, serviços básicos que merece e sonha''.


 


Nesse sentido, afirmou que a mudança que seu governo está buscando, para ''uma pátria altiva e soberana'', apenas se manterá se, nas eleições para a assembléia, a população eleger uma maioria governista. ''Em 30 de setembro nós jogaremos novamente pela vida, porque a Assembléia Nacional Constituinte é tudo ou nada'', afirmou.


 


Além disso, reiterou que, em reconhecimento aos plenos poderes, tanto ele como o vice-presidente, Lenín Moreno, colocarão seus cargos à disposição da assembléia constituinte no primeiro dia de seu funcionamento. Assim, os representantes eleitos é que determinarão de o Executivo deve continuar.


 


A esquerda no poder


 


Correa, que se autoclassifica como esquerdista católico, assumiu o poder e prometeu estabelecer uma ''revolução cidadã'' para gerar uma mudança radical no sistema político, econômico e social em vigor no país andino. Economista de 43 anos, ele é o oitavo presidente dos últimos dez anos e o primeiro de uma tendência de esquerda.


 


Durante a última década, o Equador enfrentou um grave período de instabilidade. Os últimos três presidentes eleitos constitucionalmente não terminaram sua gestão. Todos eles deixaram o poder depois de enfrentar crises econômicas, políticas e mobilizações populares e indígenas.


 


Com um mandato até 2011, Correa substituiu Alfredo Palácio, que assumiu o poder em abril de 2005 depois da crise política e dos protestos populares que derivaram na destituição de Lucio Gutiérrez.


 


Da Redação, com agências