Onbudsman desmonta cobertura da Folha sobre cubanos
O jornalista Mário Magalhães, onbudsman da Folha de S.Paulo, dedica sua coluna deste domingo (12) a polemizar com a ''inconsistência'' e ''ideologização'' da cobertura do diário paulista sobre o caso dos dois pugilistas cubanos. ''Pelo que se sab
Publicado 11/08/2007 19:34
''O que condeno é, a essa altura do século 21, a ideologização da cobertura esportiva com base em premissas editoriais, de opinião'', diz o jornalista. E em outro trecho: ''Não é papel do onbudsman discutir o mérito das opiniões editoriais. É legítimo que o jornal as tenha e as divulgue. Nesse episódio, porém, parece haver opinião demais em contraste com informação de menos. E precipitação, ao conferir status de fato ao que era suposição'', agrega.
Em contraste, Magalhães elogia a ''admirável reportagem do jornal carioca Extra'': reconstituiu os dias de ''farra'' dos pugilistas, em meio a ''picanha e pistoleiras'', entrevistou o salva-vidas e o pescador a quem os cubanos apelaram para chamar a polícia e regressar a Cuba.
No penúltimo parágrafo, porém, o onbudsman presta continência à linha básica da Folha em relação a Cuba, ''uma ditadura de partido único'' onde ''quem grita 'Fora Fidel' vai em cana''. Se ''não é papel do onbudsman discutir o mérito das opiniões editoriais'', qual o motivo dessa profissão de fé, afora aplacar a ira dos donos do Grupo Folhas diante da crítica?
Com Folha de S.Paulo
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