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Ministro do Apartheid é condenado na África do Sul

O ex-ministro do Interior da África do Sul do Apartheid, Adriaan Vlok, foi condenado nesta sexta-feira (17), em Pretória, a 10 anos de prisão condicional por tratar de assassinar há 18 anos um opositor do regime racista.

Em um acordo com o procurador, Vlok se declarou responsável pela tentativa de envenenamento do reverendo Frank Chicane, agora conselheiro do presidente Thabo Mbeki.



Junto com o ex-ministro também assumiram a culpa quatro acusados, entre eles o ex-chefe de polícia Johan Van der Merwe, que foi também penalizado pelo Tribunal Superior de Pretória a 10 anos de prisão.



Os outros receberam penas de cinco anos de reclusão, de acordo com fontes judiciais. Em todos os casos, o cumprimento das sentenças ficará suspenso durante cinco anos.



Além da tentativa de assassinato, os acusados reconheceram ser responsáveis pela formação de complô, pelo qual receberam outras penas, segundo revelou o representante da Promotoria, Anton Ackerman.



O plano para matar Chicane, que na época era secretário-geral do Conselho de Igrejas sulafricanas, consistia em envenenar a roupa que ele vestiria em uma viagem ao exterior.



A sentença amenizada que receberam faz parte de uma negociação entre a defesa e a promotoria, como já se tinha antecipado nas últimas horas de fontes próximas aos acusados.



Em agosto do ano passado, em um ato sem precedentes, Vlok, de 69 anos, foi ao escritório de Chicane com duas toalhas e uma bacia para lavar seus pés em sinal de arrependimento. “Temos que nos libertar dos atos horríveis do passado”, disse então Chicane, ao relatar esse episódio.